Jornalista chilena defende investigação sobre morte de Jango
Mônica González, autora de várias investigações envolvendo a Operação Condor, acredita que a morte do ex-presidente brasileiro João Goulart durante seu exílio na Argentina tem "a marca" do esquema repressivo coordenado das ditaduras sulamericanas. A jornalista considera que há elementos suficientes para supor que o presidente João Goulart foi vítima ca Condor e que a prova disso exige uma investigação coordenada em várias países. González considera "plausível' a hipótese do envenamento.
Dario Pignotti
Brasília - A morte do ex-presidente
brasileiro João Goulart durante seu exílio na Argentina “tem a marca” da
Operação Condor, esquema repressivo coordenado das ditaduras
sulamericanas e, por isso, só será esclarecida se investigada
coordenadamente em vários países, defende a jornalista chilena Mônica
González.
“Há elementos suficientes para supor que o presidente João Goulart (deposto em 1964) foi vítima da Operação Condor e considero que são estes casos emblemáticos que merecem ser tratados prioritariamente no Brasil, disse González ao participar de um debate sobre a Condor, em Brasília.
Para que essa investigação chegue perto da verdade, defendeu ainda a jornalista chilena que já investigou muitos casos envolvendo a Operação Condor, é preciso que haja uma colaboração de vários países e que o Brasil receba os documentos que já foram encontrados no Uruguai, no Chile e na Argentina.
Os familiares de João Goulart já disseram que o ex-presidente representava uma ameaça para o ex-ditador brasileiro Ernesto Geisel e não descartam a possibilidade que sua morte foi resultado de um processo de envenenamento implementado por agentes de inteligência da ditadura.
Mônica González considera essa hipótese plausível, embora não disponha de provas para afirmar que aconteceu de fato. Mas ela lembrou que o envenenamento era um método aplicado naqueles anos. A jornalista realizou investigações no Chile e revelou como e onde se produziram substâncias tóxicas utilizadas para assassinar dirigentes políticos.
Ela não descarta que João Goulart tenha sido morto com uma dessas “armas químicas”. A jornalista chilena está investigando agora o uso de uma toxina para assassinar o ex-presidente chileno Eduardo Frei morto em 1981.
“Há elementos suficientes para supor que o presidente João Goulart (deposto em 1964) foi vítima da Operação Condor e considero que são estes casos emblemáticos que merecem ser tratados prioritariamente no Brasil, disse González ao participar de um debate sobre a Condor, em Brasília.
Para que essa investigação chegue perto da verdade, defendeu ainda a jornalista chilena que já investigou muitos casos envolvendo a Operação Condor, é preciso que haja uma colaboração de vários países e que o Brasil receba os documentos que já foram encontrados no Uruguai, no Chile e na Argentina.
Os familiares de João Goulart já disseram que o ex-presidente representava uma ameaça para o ex-ditador brasileiro Ernesto Geisel e não descartam a possibilidade que sua morte foi resultado de um processo de envenenamento implementado por agentes de inteligência da ditadura.
Mônica González considera essa hipótese plausível, embora não disponha de provas para afirmar que aconteceu de fato. Mas ela lembrou que o envenenamento era um método aplicado naqueles anos. A jornalista realizou investigações no Chile e revelou como e onde se produziram substâncias tóxicas utilizadas para assassinar dirigentes políticos.
Ela não descarta que João Goulart tenha sido morto com uma dessas “armas químicas”. A jornalista chilena está investigando agora o uso de uma toxina para assassinar o ex-presidente chileno Eduardo Frei morto em 1981.
Nenhum comentário:
Postar um comentário