sábado, 11 de maio de 2013

HOLDERLIN

 
POR DE SOL

Onde estás? A alma anoitece-me bêbeda
De tôdas as tuas delícias; um momento
Escutei o sol, amorável adolescente,
Tirar da lira celeste as notas de ouro do seu canto da noite.


Ecoavam ao redor os bosques e as colinas;
Êle no entanto já ia longe, levando a luz
A gentes mais devotas.
Que o honram ainda.



(Trad. Manuel Bandeira )



E pouco saber...

E pouco saber, mas muita alegria
É dada aos mortais,


Porquê, ó belo Sol, não me bastas tu,
Ó flor das minhas flores! no dia de Maio?
Que sei eu então de mais alto?


Oh, fora eu antes como as crianças são!
Que eu, como os rouxinóis, cantasse
A canção descuidada da minha delícia!


(tradução: Paulo Quintela)

Nenhum comentário: