Jalna
Gordiano
O
fim está próximo*
Quantas
vezes pensei
em
me afundar na terra
E
nunca mais voltar por tanta vergonha,
Mas
tenho a alma de um pugilista em fim de carreira.
Ele
me obriga a cerrar os punhos, fazer cara feia
E
gritar o primitivo;
Voltar
à luta.
Minha
vida decresce em tons ascendentes
Descrentes...
Sou
feito à lua e mudo rapidamente em fases;
Sou
o deus sol
Aprendi
a lentamente mostrar minha divisão em estações.
Quando
meu rosto está no chão,
Eles
vêm e pisam minha cara;
Escondo
o riso.
Quem
me julga,
Tem
os discursos mais incisivos...
São
mais drogados,
Traíras,
Sujos
da pior bosta
Que
só a infelicidade, vazio
E
falta de comoção produzem.
Quem
me julga,
Usa
as máscaras mais ridículas
E
inverossímeis nas almas,
Tristes
palhaços de sim mesmos.
Sou
eterna e tenho medo do fim.
Sinto
muitas dores e medos evidentes,
Bares
e igrejas sempre existirão.
O
que me permite tanta liberdade
É
minha inconstância.
Preciso
somente ser
Um
pouco mais de paciência:
[do livro ASMA dentre outros prazeres, a dor
de Jalna Gordiano, copiado de http://blogdoalienista.blogspot.com/]
de Jalna Gordiano, copiado de http://blogdoalienista.blogspot.com/]
3 comentários:
Rogel, a Jalna é uma poeta (poetisa todo mundo pisa ) que traduz sofisticação e combate! É do movimento da Revista Sirrose - pós tudo!
muito boa a sua poesia!
Salve! feliz em saber que a poetinha está sendo lida e bem divulgada. Seus poemas sào de fato fortes e relevantes como seu caráter e sua força criativa.
Abraços, Rogel.
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