O ESCRAVO COROADO
HUMBERTO DE CAMPOS
(Taunay - Reminiscências, vol. I, pág. 107)
Em
uma das suas audiências dos sábados, em que atendia a toda a gente, recebeu D.
Pedro II no Paço da Boa Vista um preto velho, que se queixava dos maus tratos de
que era vítima.
- Ah, meu senhor grande, - lamentava-se o mísero, - como
é duro ser escravo!
O Imperador encarou-o, comovido.
- Tem
paciência, filho, - tranqüilizou-o. - Eu também sou escravo... das minhas
obrigações, e elas são muito pesadas! As tuas desgraças vão minorar...
E
mandou alforriar o preto
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