domingo, 18 de dezembro de 2011

O ESCRAVO COROADO

O ESCRAVO COROADO

HUMBERTO DE CAMPOS

(Taunay - Reminiscências, vol. I, pág. 107)

Em uma das suas audiências dos sábados, em que atendia a toda a gente, recebeu D. Pedro II no Paço da Boa Vista um preto velho, que se queixava dos maus tratos de que era vítima.

- Ah, meu senhor grande, - lamentava-se o mísero, - como é duro ser escravo!

O Imperador encarou-o, comovido.

- Tem paciência, filho, - tranqüilizou-o. - Eu também sou escravo... das minhas obrigações, e elas são muito pesadas! As tuas desgraças vão minorar...

E mandou alforriar o preto

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