sábado, 23 de fevereiro de 2013

No Amazonas, Itamarati em situação de emergência

No Amazonas, Itamarati em situação de emergência

Até o momento o Governo do Amazonas não foi notificado sobre qualquer outra situação de alerta ou calamidade pública relacionada ao fenômeno da cheia.
[ i ]Por conta da cheia, Itamarati, no Amazonas, decreta situação de emergência. Foto: DivulgaçãoPor conta da cheia, Itamarati, no Amazonas, decreta situação de emergência.
Manaus - O prefeito de Itamarati, João Medeiros Campelo (PMDB), decretou situação de emergência por conta da cheia que atinge o município. Com as chuvas da última semana, o nível do rio já ultrapassou11 centímetrosda marca alcançada ano passado, quando foi registrada a maior cheia no Estado, segundo Campelo.
O prefeito chegou nesta sexta-feira (22) em Manaus para pedir ajuda do Estado para os próximos dois meses. “Nós temos recursos, que são poucos, mas estamos dando um jeito. Me preocupa, os próximos dois meses”, disse.
A situação de emergência, segundo Campelo, vai permitir o município contrate serviços de alimentação e higiene, sem licitação, para dar suporte às famílias que se encontram abrigadas em escolas, e casas alugadas pelo município.
A maior parte das pessoas atingidas até agora, vivem em áreas mais próximas ao rio, segundo ele. Para os que ainda não deixaram suas casas, tábuas de madeira já estão sendo distribuídas para a construção de pontes e para suspensão do assoalho das residências.
A emergência foi decretada no último dia 11, mas publicada hoje no Diário Oficial do Município. De acordo com o decreto, a situação de emergência foi instaurada com base no relatório de Alerta da Defesa Civil do Estado, que esteve recentemente no município.
De acordo com informações da Agencia de Comunicação do Estado (Agecom) a Defesa Civil do Estado já está acompanhando a situação de outros municípios e ficou de passar mais informações a qualquer momento.
Os municípios de Envira, Eirunepé, Guajará, e Apuí também já sentem os efeitos da cheia. Envira já está em situação de emergência, mas o prefeito Ivon Rates alegou problemas decorrentes do período de transição na administração da prefeitura. A mesma justificativa foi utilizada pelos outros 20 prefeitos que decretaram emergência.
A maioria ainda não sofre os efeitos do período de chuva, que deve ser mais intenso no próximo mês, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), divulgado na última terça-feira.
Defesa Civil do Estado acompanha
O Subcomando de Ações da Defesa Civil do Estado do Amazonas (Subcomandec) está acompanhando o comportamento da cheia nas regiões alagáveis do Estado desde o início da segunda quinzena deste mês.
A equipe técnica do Subcomandec esteve nos municípios de Itamarati e Envira de18 a20 deste mês avaliando a subida do rio junto ao Serviço Geológico do Brasil e Marinha do Brasil. O relatório técnico não reconhece situação de emergência nesses locais.
Neste momento, a equipe do Subcomandec executa o mesmo trabalho nos municípios de Guajará e Ipixuna e, semana que vem,em Apuí. Esse trabalho de projeção da cheia atende ao calendário regular da Defesa Civil do Estado, que prioriza os municípios onde o comportamento da cheia costuma ser mais severo.
Até o momento o Governo do Amazonas não foi notificado sobre qualquer outra situação de alerta ou calamidade pública relacionada ao fenômeno da cheia.

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