quinta-feira, 31 de outubro de 2013
O PIANO, A TARDE
O PIANO, A TARDE
Minha tia Maria José dispunha os frascos de perfume sobre um
aparador de cor escura e tampo de mármore rosa. Os nomes insinuantes,
sensuais, Tabu, Coty, Maja, poemas de amor. Ela nos recebia à tarde
para servir café com brevidades. No fim de seus dias estava sempre
sentada na poltrona. Não se levantava, dormia ali mesmo, o rádio
ainda ligado no programa nenhum, só ruído neutro de seus
sonhos de mulher solteira. Lembro-me do seu programa preferido: ' um piano
ao cair da tarde' . O som não chegava em acordes completos porque
o rádio era apenas um radinho RCA Victor de poucos recursos, mas
ela sonhava com seus invisíveis amantes. Ao cair da tarde seu leque
se misturava com o leque das cores do sol que recebia o piano, cujas valsas
se alçavam no ar fino, cobriam casas e vilas. E se subíssemos
pelas janelas da rua Barroso poderíamos ver os gradis da Igreja
de Sta Rita e o vão escuro do que tinha sido o igarapé que
anos atrás passava por ali, com suas ar aras e serpentes venenosas.
Olhando-se um pouco mais acima estavam os pássaros tardios que partiam
para o anoitecer de tudo, para noite do mundo, para o outro mundo, do outro
lado do universo, no oceanos dos rios de nossos medos, signos e ansiedades.
Os pássaros eram de um rendilhado fino e tinham nos seus bicos gotas
de rubis reluzentes, mergulhavam no ouro do por do sol finalmente afastado.
E um piano, ao cair da tarde.
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neste carnaval a batucada alada
do teu coração vem em segredo
pulsando implode com soluço e gozo
da tua dentina o brilho serpentina
se envolve na tua boca pequenina
onde o desejo acende teus incensos
sândalo salgado perfumada rima
no carnaval de tão perdida rosa
que desce tua cintura e goza
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neste carnaval a batucada alada
do teu coração vem em segredo
pulsando implode com soluço e gozo
da tua dentina o brilho serpentina
se envolve na tua boca pequenina
onde o desejo acende teus incensos
sândalo salgado perfumada rima
no carnaval de tão perdida rosa
que desce tua cintura e goza
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
MIRIAN DE CARVALHO LANÇA LIVRO NOVO
Mirian de Carvalho e a Oficina do Livro Editora convidam para o lançamento do livro:
"Roteiro de Mitavaí" Sábado, 9 de novembro de 2013
Das 15 às 19 horas
Hotel Novo Mundo, Salão Bronze
Praia do Flamengo, 20.
Rio de Janeiro, RJ. O lançamento será precedido da mesa redonda "Mitavaí: ficção e poesia", a ser realizada às 15 horas, com a participação dos Professores Ivan Cavalcanti Proença e Dráuzio Gonzaga.
A palavra árvore
Rogel Samuel: A palavra árvore
Leio o poema de Maria Azenha e sonho. Leio o poema de Maria Azenha e também ouço aquela música dos ramos, dos ventos entre as folhagens. E até sinto o perfume dos eucaliptos no mais alto das serras. Rios azuis escorrem da montanha. Sons de cristalino e puro violino, sons de água, de vento, sons.
Meu pensamento coroado de ventos elevados voa nessas nuvens. Do poema:
às vezes basta uma palavra : árvore
e ouço a música dos ramos
correndo transparente
como um rio azul
a sua voz é água
um violino puro
coroado de vento
e
nuvens
maria azenhahttp://ardeoazul3.blogspot.com/
terça-feira, 29 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
TRAVEL CHAOS FOR MILLIONS AS SUPERSTORM SWEEPS IN
Pior tempestade em cinco anos deve afetar aeroportos e trem de Londres
LEANDRO COLON
DE LONDRES
DE LONDRES
Quem tem viagem de avião programada para Londres ou outro aeroporto da
Inglaterra e País de Gales nesta segunda-feira (28) deve se preparar
para possíveis mudanças.
As autoridades estão mobilizadas para o que consideram a pior tempestade em cinco anos, com ventos de até 130 km/h, a partir da noite de hoje, até a noite de amanhã.
Dois aeroportos internacionais de Londres, Heathrow e Gatwick, por exemplo, já avisaram que voos podem ser cancelados. Quem for viajar para Londres ou deixar a cidade deve procurar antes a companhia aérea.
Leon Neal/AFP | ||
Ondas atingem barreira no sul do Reino Unido, que se prepara para receber tempestade |
Além dos principais aeroportos, as empresas de trem já pediram para os passageiros evitarem viagens pela manhã e anunciaram que alguns trechos devem ser cancelados. Foram acionados todos os serviços de emergência das regiões que podem ser afetadas, informou o primeiro-ministro David Cameron.
As chuvas devem durar pelo menos nove horas, segundo o serviço de meteorologia. A tempestade está sendo chamada de "St. Jude", em homenagem a São Judas Tadeu, o santo das causas perdidas, cujo dia é celebrado exatamente em 28 de outubro.
domingo, 27 de outubro de 2013
POLANSKI E A MENINA
Polanski e a menina: uma dura denúncia da mídia e da máquina do judiciário
Samantha Geimer, estuprada por Roman Polanski, conta em seu livro que seu sofrimento foi ampliado pelo aproveitamento do caso pela mídia e pelo judiciário.
Somos todos fãs de Roman Polanski (O bebê de Rosemary, Chinatown, O pianista),
nos deu muita felicidade com os seus filmes. Como conciliar esta
simpatia com a visão de um quarentão que estuprou uma garota de 13 anos?
Claro, porque todos também se lembram de Polanski por este lado mais
escuro, em particular porque tivemos algumas décadas de noticiário
internacional e nacional, em todas as mídias, sobre o “caso”. Com que
gosto a mídia internacional e o sistema judiciário americano ficaram se
lambuzando, décadas a fio, neste assunto predileto de uma boa parte da
humanidade, que é de saber quem faz o que com os buraquinhos de quem.
Quando se junta fama, então, ninguém resiste. Penetrar na intimidade dos
famosos vende bem.
Quase quarenta anos depois dos fatos, Samantha Geimer, a garotinha, decidiu escrever um livro (nota) não para pegar carona na fama que lhe granjeou o caso, mas para denunciar a imensa indústria da notícia, a perversa articulação da pompa do judiciário com a mídia indignada, num quadro ideal e lucrativo: poder falar de detalhes sexuais com o peito estufado de ética ofendida.
Comentários sobre o livro são numerosos, tenta-se extrair ainda algumas gotas do assunto. Alguns ainda declaram de forma espalhafatosa que ela “perdoa” o estupro, buscando gerar notícia. Mas o que temos aqui é diferente. Samantha se calou durante quarenta anos, tentando se esconder da mórbida curiosidade mundial sobre como foi sentir a penetração anal de um pênis tão famoso. Hoje, casada, com filhos, cinquentona, relata o drama de uma pessoa marcada aos 13 anos para sempre por este fato.
Ao constatar o teatro jurídico em que se transformou o seu processo, por “sexo não-consensual”, já que não houve violência, e frente a um juiz que não hesitava em consultar amigos jornalistas para saber como achavam que a opinião pública receberia uma pena mais pesada ou mais leve que ele impusesse ao réu, Polanski fugiu dos Estados Unidos e se refugiou na França. Com isso, o processo continuou à revelia, com pedidos de extradição, uma detenção para averiguações na Suíça, e a cada pequeno fato jurídico manchetes mundiais indignadas sobre o cineasta famoso, contra ou a favor, mas sempre manchetes.
E, a cada manchete, voltavam os jornalistas a vigiar a casa da Samantha, telefonar centenas de vezes inclusive para o seu emprego, colocando-o em cheque. Nem os filhos escaparam, emboscados em saídas da escola ou da própria casa. Na rua frente à residência, vans estacionadas com vidros pintados, com filmadoras em permanência focadas nas janelas, na porta de entrada. Na ausência de noticias, inventaram-se entrevistas, declarações, tudo para alimentar a novela. Nunca a deixaram ter uma vida familiar e profissional tranquila. Samantha não poupa críticas. Ela era vítima, criança, tinha de ter a sua identidade protegida, ter direito a uma vida que lhe permitisse se reequilibrar, voltar à normalidade, sem tanta perseguição.
Do lado do judiciário, o comportamento não foi melhor. Na noite do estupro, Samantha contou para um ex-namorado, a irmã ouviu a conversa, contou para os pais, que chamaram um advogado, que chamou a polícia, originando-se uma denúncia formal, o que levaria a garota, que queria esquecer o assunto, a ser obrigada a repetir para dezenas de autoridades judiciais os detalhes do caso, se ele a forçou, como foi o diálogo, o que bebeu e assim por diante. E naturalmente as penetrações anais com instrumentos para coleta de material, para verificar a existência de esperma. E não tardaria, naturalmente, o vazamento à imprensa do que tinham sido deposições cobertas pelo sigilo judicial. Verdade que o juiz encarregado do caso, e que fez a sua fama nas costas dela e de Polanski, terminou completamente desqualificado. Hoje falecido, sobrou-lhe a fama e imagem de falso moralismo e de péssimo juiz.
No livro, em nenhum momento a autora perdoa o fato Polanski ter se aproveitado, e deixa isto bem claro em várias passagens. Foi estupro, ponto. Como escreve, “o perdão foi para a minha paz de espírito; tinha pouco a ver com ele” (p.228). Mas o eixo central que ela deixa claro em toda extensão do livro é que o aproveitamento do caso pela mídia e pelo judiciário gerou sofrimento para ela sem comum medida com o que tinha sofrido com o estupro. E mostra e afirma igualmente que o sofrimento, exílio, prisões e perseguições que Polanski sofreu também foram sem comum medida com o que ele fez. Samantha escreve com raiva sobre famosos comentaristas de TV, em programas de grande audiência, apelando para que o público se solidarize com a “pobre menina”. Mais lucro e pontos de audiência em nome da ética.
A máquina é infernal. Os advogados de defesa do Polanski foram naturalmente levados a destruir a imagem de menina abusada por um adulto, jogando aos quatro ventos uma relação sexual que tinha tido com o namorado, como prova de que não era inocente. E construíram uma imagem da mãe, como piranha que ofereceu a filha para ganhar espaço na indústria do cinema em Hollywood. Os advogados de acusação buscaram naturalmente fazer o semelhante com Polanski. A opinião pública se dividiu entre os que se solidarizaram com Polanski contra a garotinha perversa e a mãe piranha, ou os que navegaram na defesa da pobre menina inocente e da mãe enganada.
O interessante mesmo, é que ninguém deu a mínima para a preservação da intimidade e da vida da vítima, nem para uma justiça discreta e eficiente que punisse o que foi um crime. O casamento da grande mídia comercial com um sistema judiciário perverso, no caso, moeu a vida de duas pessoas que mereciam melhor. Nada melhor que a palavra da própria Samantha: “A razão de ser da justiça não é o entretenimento ou enriquecimento de funcionários públicos, comentaristas e corporações da mídia. Eu não acredito que a punição e o espetáculo possam substituir a justiça.”(P.242)
Nota
Samantha Geimer – The Girl: a life in the shadow of Roman Polanski – Atria Books, New York, 201; lançado no Brasil como A Menina – uma vida à sombra de Roman Polanski
Quase quarenta anos depois dos fatos, Samantha Geimer, a garotinha, decidiu escrever um livro (nota) não para pegar carona na fama que lhe granjeou o caso, mas para denunciar a imensa indústria da notícia, a perversa articulação da pompa do judiciário com a mídia indignada, num quadro ideal e lucrativo: poder falar de detalhes sexuais com o peito estufado de ética ofendida.
Comentários sobre o livro são numerosos, tenta-se extrair ainda algumas gotas do assunto. Alguns ainda declaram de forma espalhafatosa que ela “perdoa” o estupro, buscando gerar notícia. Mas o que temos aqui é diferente. Samantha se calou durante quarenta anos, tentando se esconder da mórbida curiosidade mundial sobre como foi sentir a penetração anal de um pênis tão famoso. Hoje, casada, com filhos, cinquentona, relata o drama de uma pessoa marcada aos 13 anos para sempre por este fato.
Ao constatar o teatro jurídico em que se transformou o seu processo, por “sexo não-consensual”, já que não houve violência, e frente a um juiz que não hesitava em consultar amigos jornalistas para saber como achavam que a opinião pública receberia uma pena mais pesada ou mais leve que ele impusesse ao réu, Polanski fugiu dos Estados Unidos e se refugiou na França. Com isso, o processo continuou à revelia, com pedidos de extradição, uma detenção para averiguações na Suíça, e a cada pequeno fato jurídico manchetes mundiais indignadas sobre o cineasta famoso, contra ou a favor, mas sempre manchetes.
E, a cada manchete, voltavam os jornalistas a vigiar a casa da Samantha, telefonar centenas de vezes inclusive para o seu emprego, colocando-o em cheque. Nem os filhos escaparam, emboscados em saídas da escola ou da própria casa. Na rua frente à residência, vans estacionadas com vidros pintados, com filmadoras em permanência focadas nas janelas, na porta de entrada. Na ausência de noticias, inventaram-se entrevistas, declarações, tudo para alimentar a novela. Nunca a deixaram ter uma vida familiar e profissional tranquila. Samantha não poupa críticas. Ela era vítima, criança, tinha de ter a sua identidade protegida, ter direito a uma vida que lhe permitisse se reequilibrar, voltar à normalidade, sem tanta perseguição.
Do lado do judiciário, o comportamento não foi melhor. Na noite do estupro, Samantha contou para um ex-namorado, a irmã ouviu a conversa, contou para os pais, que chamaram um advogado, que chamou a polícia, originando-se uma denúncia formal, o que levaria a garota, que queria esquecer o assunto, a ser obrigada a repetir para dezenas de autoridades judiciais os detalhes do caso, se ele a forçou, como foi o diálogo, o que bebeu e assim por diante. E naturalmente as penetrações anais com instrumentos para coleta de material, para verificar a existência de esperma. E não tardaria, naturalmente, o vazamento à imprensa do que tinham sido deposições cobertas pelo sigilo judicial. Verdade que o juiz encarregado do caso, e que fez a sua fama nas costas dela e de Polanski, terminou completamente desqualificado. Hoje falecido, sobrou-lhe a fama e imagem de falso moralismo e de péssimo juiz.
No livro, em nenhum momento a autora perdoa o fato Polanski ter se aproveitado, e deixa isto bem claro em várias passagens. Foi estupro, ponto. Como escreve, “o perdão foi para a minha paz de espírito; tinha pouco a ver com ele” (p.228). Mas o eixo central que ela deixa claro em toda extensão do livro é que o aproveitamento do caso pela mídia e pelo judiciário gerou sofrimento para ela sem comum medida com o que tinha sofrido com o estupro. E mostra e afirma igualmente que o sofrimento, exílio, prisões e perseguições que Polanski sofreu também foram sem comum medida com o que ele fez. Samantha escreve com raiva sobre famosos comentaristas de TV, em programas de grande audiência, apelando para que o público se solidarize com a “pobre menina”. Mais lucro e pontos de audiência em nome da ética.
A máquina é infernal. Os advogados de defesa do Polanski foram naturalmente levados a destruir a imagem de menina abusada por um adulto, jogando aos quatro ventos uma relação sexual que tinha tido com o namorado, como prova de que não era inocente. E construíram uma imagem da mãe, como piranha que ofereceu a filha para ganhar espaço na indústria do cinema em Hollywood. Os advogados de acusação buscaram naturalmente fazer o semelhante com Polanski. A opinião pública se dividiu entre os que se solidarizaram com Polanski contra a garotinha perversa e a mãe piranha, ou os que navegaram na defesa da pobre menina inocente e da mãe enganada.
O interessante mesmo, é que ninguém deu a mínima para a preservação da intimidade e da vida da vítima, nem para uma justiça discreta e eficiente que punisse o que foi um crime. O casamento da grande mídia comercial com um sistema judiciário perverso, no caso, moeu a vida de duas pessoas que mereciam melhor. Nada melhor que a palavra da própria Samantha: “A razão de ser da justiça não é o entretenimento ou enriquecimento de funcionários públicos, comentaristas e corporações da mídia. Eu não acredito que a punição e o espetáculo possam substituir a justiça.”(P.242)
Nota
Samantha Geimer – The Girl: a life in the shadow of Roman Polanski – Atria Books, New York, 201; lançado no Brasil como A Menina – uma vida à sombra de Roman Polanski
sábado, 26 de outubro de 2013
Com mais dois mil médicos, atendidos são 13 milhões
Programa que
mobilizou protestos e mostrou reações preconceituosas da classe médica
continua a mostrar seu efeito: neste sábado, 2.167 profissionais
estrangeiros da segunda etapa do Mais Médicos (incluídos os cubanos)
desembarcam em todos os estados; com o grupo, que começa a trabalhar no
dia 4 em 783 municípios, número de brasileiros atendidos sobe de 5 para
13 milhões; "Enquanto houver brasileiros sem médicos, vamos trazer
profissionais pelo Mais Médicos. Queremos atender toda a demanda da
população", disse o ministro Alexandre Padilha, que recepcionou a
chegada em Goiânia; no RS, eles foram recebidos com flores pela ministra
Maria do Rosário, dos Direitos Humanos
247 – O programa que despertou reações
preconceituosas e manifestações contrárias por parte da classe médica em
todo o País mostra que continua a surtir efeito imediato na Saúde do
País. Neste fim de semana, todas as capitais brasileiras recebem 2.167
profissionais estrangeiros, que participam da segunda etapa do Mais
Médicos. Eles atenderão, a partir do dia 4 de novembro, em Unidades
Básicas de Saúde de 783 municípios.
Com o novo grupo, que se junta aos 1.499 médicos que já estão atuando em regiões carentes do País, o número de brasileiros atendidos por médicos do programa passam de cinco para 13 milhões. "Enquanto houver brasileiros sem médicos, vamos trazer profissionais pelo Mais Médicos. Queremos atender toda a demanda da população", disse neste sábado o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve em Goiânia (GO) para recepcionar a chegada de 57 médicos estrangeiros.
Segundo o ministério da Saúde, todos os profissionais que chegam hoje às capitais foram avaliados durante três semanas por universidades federais. Eles foram testados em Língua Portuguesa e nos protocolos de atenção básica do SUS. Do total de participantes, 1.947 foram aprovados, 14 terão mais duas semanas de avaliação e outros 220 realizarão a prova neste sábado. A etapa de avaliação ocorreu simultaneamente em quatro capitais – Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Vitória.
Com exceção destas cidades, onde permanecerão os profissionais que atuarão no Distrito Federal, no Ceará, em Minas Gerais e no Espírito Santo, todas as capitais receberão médicos do programa. Antes de irem às cidades onde atenderão à população, os médicos estudarão, durante uma semana, os problemas de saúde mais comuns de cada região e conhecerão a rede de saúde daquele estado.
De acordo com a pasta de Alexandre Padilha, este acolhimento é fundamental para que os médicos saibam a que hospitais, clínicas ou outras unidades de saúde encaminhar pacientes que necessitem de atendimento especializado, como cirurgias. Como previsto na Medida Provisória (MP) que instituiu o Mais Médicos, os profissionais do programa só podem atender nas unidades básicas de saúde da rede pública, que resolvem 80% dos problemas de saúde, segundo o governo.
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL – A região Nordeste é a mais atendida com os médicos desta etapa do programa, com 928 profissionais. Em seguida vêm o Sudeste (517), o Norte (358), o Sul (244) e o Centro-Oeste (120). Com relação à quantidade de municípios beneficiados, o ranking fica: Nordeste (432), Norte (141), Sudeste (100), Centro-Oeste (36) e Sul (74).
O grupo que chega neste fim de semana às capitais contém os dois mil médicos cubanos que participam do programa Mais Médicos por meio de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Estes profissionais ocuparam vagas que não foram preenchidas por médicos brasileiros ou estrangeiros que aderiram ao edital de chamamento individual.
A distribuição desses profissionais seguiu critérios técnicos, que deram igual prioridade às cidades em que é maior a parcela da população que depende completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
EFEITOS - Só em setembro, foram registradas 320 mil consultas realizadas pelos médicos participantes do programa. Cada profissional do programa atua 40 horas por semana e realiza, diariamente, entre 20 e 30 consultas nas Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade de atendimento nas comunidades, sem necessidade de deslocamento desta população aos grandes centros.
A presença deles nas cidades impacta ainda no acesso aos medicamentos. Neste período, 13,8 mil pacientes retiraram medicamentos das farmácias populares com receitas emitidas por médicos do programa.
REGISTRO PROFISSIONAL – Durante a tramitação da MP, o Congresso Nacional decidiu que cabe ao Ministério da Saúde emitir as autorizações especiais provisórias para que os médicos estrangeiros atuem no Brasil, exclusivamente no âmbito do Mais Médicos.
Nesta semana, já receberam este aval os 680 médicos da primeira fase do programa, entre eles 196 que ainda não tinham obtido registro provisório junto aos conselhos regionais de Medicina. Na segunda etapa, a emissão já ocorrerá diretamente pelo Ministério da Saúde.
Com o documento, os médicos com diplomas do exterior ficam aptos a exercer a Medicina por três anos. Durante este período, não poderão atender em qualquer unidade de saúde que não aquela para que foi designado pelo programa Mais Médicos. Ou seja, o trabalho ocorrerá apenas na atenção básica da rede pública.
Com informações do Ministério da Saúde
Com o novo grupo, que se junta aos 1.499 médicos que já estão atuando em regiões carentes do País, o número de brasileiros atendidos por médicos do programa passam de cinco para 13 milhões. "Enquanto houver brasileiros sem médicos, vamos trazer profissionais pelo Mais Médicos. Queremos atender toda a demanda da população", disse neste sábado o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve em Goiânia (GO) para recepcionar a chegada de 57 médicos estrangeiros.
Segundo o ministério da Saúde, todos os profissionais que chegam hoje às capitais foram avaliados durante três semanas por universidades federais. Eles foram testados em Língua Portuguesa e nos protocolos de atenção básica do SUS. Do total de participantes, 1.947 foram aprovados, 14 terão mais duas semanas de avaliação e outros 220 realizarão a prova neste sábado. A etapa de avaliação ocorreu simultaneamente em quatro capitais – Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Vitória.
Com exceção destas cidades, onde permanecerão os profissionais que atuarão no Distrito Federal, no Ceará, em Minas Gerais e no Espírito Santo, todas as capitais receberão médicos do programa. Antes de irem às cidades onde atenderão à população, os médicos estudarão, durante uma semana, os problemas de saúde mais comuns de cada região e conhecerão a rede de saúde daquele estado.
De acordo com a pasta de Alexandre Padilha, este acolhimento é fundamental para que os médicos saibam a que hospitais, clínicas ou outras unidades de saúde encaminhar pacientes que necessitem de atendimento especializado, como cirurgias. Como previsto na Medida Provisória (MP) que instituiu o Mais Médicos, os profissionais do programa só podem atender nas unidades básicas de saúde da rede pública, que resolvem 80% dos problemas de saúde, segundo o governo.
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL – A região Nordeste é a mais atendida com os médicos desta etapa do programa, com 928 profissionais. Em seguida vêm o Sudeste (517), o Norte (358), o Sul (244) e o Centro-Oeste (120). Com relação à quantidade de municípios beneficiados, o ranking fica: Nordeste (432), Norte (141), Sudeste (100), Centro-Oeste (36) e Sul (74).
O grupo que chega neste fim de semana às capitais contém os dois mil médicos cubanos que participam do programa Mais Médicos por meio de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Estes profissionais ocuparam vagas que não foram preenchidas por médicos brasileiros ou estrangeiros que aderiram ao edital de chamamento individual.
A distribuição desses profissionais seguiu critérios técnicos, que deram igual prioridade às cidades em que é maior a parcela da população que depende completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
EFEITOS - Só em setembro, foram registradas 320 mil consultas realizadas pelos médicos participantes do programa. Cada profissional do programa atua 40 horas por semana e realiza, diariamente, entre 20 e 30 consultas nas Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade de atendimento nas comunidades, sem necessidade de deslocamento desta população aos grandes centros.
A presença deles nas cidades impacta ainda no acesso aos medicamentos. Neste período, 13,8 mil pacientes retiraram medicamentos das farmácias populares com receitas emitidas por médicos do programa.
REGISTRO PROFISSIONAL – Durante a tramitação da MP, o Congresso Nacional decidiu que cabe ao Ministério da Saúde emitir as autorizações especiais provisórias para que os médicos estrangeiros atuem no Brasil, exclusivamente no âmbito do Mais Médicos.
Nesta semana, já receberam este aval os 680 médicos da primeira fase do programa, entre eles 196 que ainda não tinham obtido registro provisório junto aos conselhos regionais de Medicina. Na segunda etapa, a emissão já ocorrerá diretamente pelo Ministério da Saúde.
Com o documento, os médicos com diplomas do exterior ficam aptos a exercer a Medicina por três anos. Durante este período, não poderão atender em qualquer unidade de saúde que não aquela para que foi designado pelo programa Mais Médicos. Ou seja, o trabalho ocorrerá apenas na atenção básica da rede pública.
Com informações do Ministério da Saúde
New images of deepening crackdown in Nagchu, Tibet
New images of deepening crackdown in Nagchu, Tibet
International Campaign for Tibet on October 15, 2013
New images show a broadening crackdown in Driru (Chinese: Biru), Nagchu prefecture, Tibet Autonomous Region (TAR), and protests by local Tibetans at the detentions of a monk and young writer. Further details about an incident in which police opened fire and killed four Tibetans, reported by Radio Free Asia, could not be fully confirmed due to the lockdown in the area and the Chinese authorities’ attempts to prevent news on the tense situation in Driru reaching the outside world. (RFA, Four Tibetans Shot Dead as Protests Spread in Driru County – October 11, 2013).
The unrest in Nagchu follows a drive to enforce loyalty to the CCP through compelling the display of the Chinese flag as part of the Party’s strategy to intensify control across the TAR as the answer to political ‘instability’. At the end of September, hundreds of officials were sent to Nagchu to enforce compliance by monasteries and families in the area.
The images show:
- Chinese troops in riot gear with helmets and shields confronting elderly, unarmed Tibetans in the Driru area of Nagchu, TAR, after troops opened fire on October 6 on Tibetans calling for the release of a local Tibetan who had objected to orders from a ‘patriotic education’ work team prior to China’s National Day on October 1. The images, posted by exile Tibetans on social media, show that militarization has been dramatically stepped up in area after resistance to the intensified campaign in Nagchu to enforce loyalty to the Chinese Communist Party and presence of work teams.
- Crowds of Tibetans gathered at a police station in Kardze (Chinese: Ganzi) in the Tibetan area of Kham, Sichuan, calling for the release of a monk from a local monastery who may have been detained because he was originally from Nagchu. A monk and nun were injured after Tibetan protestors were dispersed by police.
- A young Tibetan writer and his friend, a former police officer, who were detained following the Driru unrest. Their whereabouts are unknown.
- A notice issued by Chinese authorities in Lhasa City that directed various ‘convenience police posts’ in Lhasa and Nagchu to monitor the movement and activities of Nagchu Tibetans days after the violent crackdown in Nagchu (http://www.tchrd.org/wp-content/uploads/2013/10/police-stations.jpg). The Tibetan Center for Human Rights and Democracy (TCHRD), reported that the notification seeks to put Tibetans from Nagchu who are in Lhasa under 24-hour police surveillance, enabling immediate arrest of those under suspicion.
- An elderly man, Dayang, 68, who was sentenced to two years and five months for shouting slogans for the return of His Holiness the Dalai Lama and Tibetan freedom at a cultural show in Tsachu township in Driru county on September 3. According to reports from exile Tibetan sources, Dayang was severely tortured and is now in a military hospital in Lhasa.
Local people also protested when 27-year old Tibetan writer Tsultrim Gyaltsen (pictured) was taken from his home by police in the middle of the night on October 11 in Driru. Tibetans in two villages and a local middle school staged a hunger strike following the detention, according to Tibetan exile sources in contact with Tibetans in the area. The next day, Tsultrim Gyaltsen’s friend Yugyal was detained, with local officials claiming that he had spread rumors that cause problems for ‘regional social stability’, according to the same sources.
Tsultrim Gyaltsen, a former monk, is a young Tibetan writer who was educated in local primary school, and then studied in various monasteries in Kham and Amdo, including Kirti in Ngaba (Chinese: Aba), Shechen and Dzogchen monasteries in Derge county, in Kardze Prefecture. He is known for his lively and perceptive essays and poetry, written in both Tibetan and Chinese. In 2007, he published two books, ‘Chimes of Melancholic Snow’ and the ‘Fate of Snow Mountain’. In 2009, Tsultrim Gyaltsen disrobed and joined the Northwest University for Nationalities in Lanzhou, Gansu province, where he studied Chinese language and writing. In 2012, together with fellow Tibetan students, he began editing an annual literary journal entitled ‘The New Generation’ and became the chief editor. He also started a blog (http://xiuzheng.tibetcul.com/131613.html#253254), which is currently blocked by the authorities.
According to the same Tibetan sources, just a few months from his graduation in May (2013), Tsultrim Gyaltsen was expelled from the university. TCHRD reported: “It appears that he was expelled for his opinions and writings […] Sources told TCHRD that Tsultrim Gyaltsen often used to hold debate sessions at the university with fellow students. Some of the subjects debated at this informal sessions were deemed ‘illegal’ by the authorities.” (TCHRD, Crackdown in Diru widens: Tibetan writer and a former policeman detained).
Yugyal, a close friend of Tsultrim Gyaltsen who has been detained too, was born in the same village and studied at the same primary school. He worked as a police officer for seven years before resigning some months ago. He started a business based in Driru county. The current whereabouts of Yugyal and Tsultrim Gyaltsen are unknown.
PERON E EVITA
Juan e Eva, uma aula de Argentina
Enviado por Miguel do Rosário
on 26/10/2013 – 4:44 am
2 comentários
Estreou neste fim de semana um filme que ajuda a suprir uma
vergonhosa lacuna na cultura brasileira, que é a falta de conhecimento
sobre a história de nosso principal vizinho, a Argentina. Claro que a
nossa mídia tem culpa importante nisso. Se Obama espirrar, a cena
aparece no mesmo dia no Jornal Nacional. Sobre a Argentina, nada.
Ou antes, a Argentina aparece na mídia apenas em pautas negativas. Não se dá nenhum destaque ao fato da Argentina ser o nosso parceiro comercial mais importante, porque importa produtos brasileiros industrializados, e paga os melhores preços.
China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
GNC Moinhos de Vento 3 –14:30/17:00/19:30/21:50
Espaço Itaú 8 – 13:00/16:00/22:00
BELO HORIZONTE
Usiminas Belas Artes 2 – 14:40/17:10/19:20/21:30
BRASÍLIA
Cine Cultura Liberty Mall 3 – 14:20/16:30/19:20/21:30
Espaço Itaú Brasilia 7 – 13:30/19:30/21:30
FORTALEZA
Arcoplex D. Luiz 1 –19:10/21:20
PALMAS
Lumiere Palmas 5 – 14:30/16:50/18:50/21:00
MACEIÓ
Lumiere Maceió 1 –16:40/19:00/21:00
LONDRINA
Lumiere Londrina 4 – 14:10/16:20/18:40/21:00
SANTA MARIA
Arcoplex Santa Maria 1 – 17:00/19:10/21:20
E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
Assista ao trailer:
- See more at: http://www.ocafezinho.com/2013/10/26/juan-e-eva-uma-aula-de-argentina/#sthash.VDP5Co4L.dpufOu antes, a Argentina aparece na mídia apenas em pautas negativas. Não se dá nenhum destaque ao fato da Argentina ser o nosso parceiro comercial mais importante, porque importa produtos brasileiros industrializados, e paga os melhores preços.
China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
GNC Moinhos de Vento 3 –14:30/17:00/19:30/21:50
Espaço Itaú 8 – 13:00/16:00/22:00
BELO HORIZONTE
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LONDRINA
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SANTA MARIA
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E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
Assista ao trailer:
Juan e Eva, uma aula de Argentina
Enviado por Miguel do Rosário
on 26/10/2013 – 4:44 am
2 comentários
Estreou neste fim de semana um filme que ajuda a suprir uma
vergonhosa lacuna na cultura brasileira, que é a falta de conhecimento
sobre a história de nosso principal vizinho, a Argentina. Claro que a
nossa mídia tem culpa importante nisso. Se Obama espirrar, a cena
aparece no mesmo dia no Jornal Nacional. Sobre a Argentina, nada.
Ou antes, a Argentina aparece na mídia apenas em pautas negativas. Não se dá nenhum destaque ao fato da Argentina ser o nosso parceiro comercial mais importante, porque importa produtos brasileiros industrializados, e paga os melhores preços.
China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
GNC Moinhos de Vento 3 –14:30/17:00/19:30/21:50
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E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
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China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
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Juan e Eva, uma aula de Argentina
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Estreou neste fim de semana um filme que ajuda a suprir uma
vergonhosa lacuna na cultura brasileira, que é a falta de conhecimento
sobre a história de nosso principal vizinho, a Argentina. Claro que a
nossa mídia tem culpa importante nisso. Se Obama espirrar, a cena
aparece no mesmo dia no Jornal Nacional. Sobre a Argentina, nada.
Ou antes, a Argentina aparece na mídia apenas em pautas negativas. Não se dá nenhum destaque ao fato da Argentina ser o nosso parceiro comercial mais importante, porque importa produtos brasileiros industrializados, e paga os melhores preços.
China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
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E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
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China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
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E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
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Juan e Eva, uma aula de Argentina
Enviado por Miguel do Rosário
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Estreou neste fim de semana um filme que ajuda a suprir uma
vergonhosa lacuna na cultura brasileira, que é a falta de conhecimento
sobre a história de nosso principal vizinho, a Argentina. Claro que a
nossa mídia tem culpa importante nisso. Se Obama espirrar, a cena
aparece no mesmo dia no Jornal Nacional. Sobre a Argentina, nada.
Ou antes, a Argentina aparece na mídia apenas em pautas negativas. Não se dá nenhum destaque ao fato da Argentina ser o nosso parceiro comercial mais importante, porque importa produtos brasileiros industrializados, e paga os melhores preços.
China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
GNC Moinhos de Vento 3 –14:30/17:00/19:30/21:50
Espaço Itaú 8 – 13:00/16:00/22:00
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Usiminas Belas Artes 2 – 14:40/17:10/19:20/21:30
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Lumiere Palmas 5 – 14:30/16:50/18:50/21:00
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LONDRINA
Lumiere Londrina 4 – 14:10/16:20/18:40/21:00
SANTA MARIA
Arcoplex Santa Maria 1 – 17:00/19:10/21:20
E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
Assista ao trailer:
- See more at: http://www.ocafezinho.com/2013/10/26/juan-e-eva-uma-aula-de-argentina/#sthash.VDP5Co4L.dpufOu antes, a Argentina aparece na mídia apenas em pautas negativas. Não se dá nenhum destaque ao fato da Argentina ser o nosso parceiro comercial mais importante, porque importa produtos brasileiros industrializados, e paga os melhores preços.
China, Europa, EUA, compram muita coisa do Brasil, mas quase só matérias-primas de baixo valor agregado. A Argentina importa autopeças, tratores, máquinas, equipamentos elétricos, tecidos, sapatos. Não fosse a Argentina, aí sim, o Brasil teria se desindustrializado de vez.
Essa é mais uma razão para nos esforçamos para conhecer melhor a Argentina, e aí volto ao filme do qual falava no início do post. O filme é Juan e Eva, uma história de amor. Apesar do título, não é uma história romântica melosa, e sim uma narrativa cheia de ação e suspense. O lado romântico do filme é essencial, contudo, para humanizar as intrigas políticas, e dar um toque genuinamente popular à narrativa. Não fosse o romantismo, talvez fosse um filme apenas para aficcionados em história. O escandaloso (para os padrões da época, pois eles não eram casados) romance entre Eva e Perón ajuda a dar um toque universal à narrativa, que pode ser vista também como uma bela história de amor.
O enredo conta como Juan e Eva se conheceram e mostra a rotina de Perón no governo.
Entretanto, aos poucos, o pano de fundo, o conturbado ambiente político da época, vai dominando a narrativa.
O clímax acontece quando Perón, então secretário do Trabalho, é demitido e, em seguida, preso, por alas conservadoras do Exército.
Perón era odiado pelas classes altas, por causa das leis trabalhistas e sociais que conseguiu aprovar, beneficiando milhões de trabalhadores.
Quando tudo parece perdido, e Eva está desesperada e desiludida com tudo e todos, acontece uma coisa surpreendente. Centenas de milhares de trabalhadores declaram greve geral e se dirigem a Buenos Aires, exigindo a libertação imediata de seu líder. O governo bloqueia algumas pontes estratégicas que ligam regiões operárias à capital: os operários atravessam o rio a nado ou em pequenas embarcações. Nunca havia acontecido nada semelhante no país.
O 17 de outubro ficou conhecido na Argentina como o Dia da Lealdade, e marca a triunfante consolidação do peronismo, que se tornou uma espécie de ideologia política muito particular daquele país. Aquela manifestação, cuja magnitude a torna um dos principais eventos da história social da América Latina, representou uma grande e emocionante vitória política dos trabalhadores argentinos. Cenas de documentário são misturadas às de ficção para recriar o ambiente de grande emoção que marcou a data.
Os militares são obrigados a libertar Perón, e, no ano seguinte, ele é eleito presidente da República da Argentina.
O filme estreou nas seguintes salas:
PORTO ALEGRE
GNC Moinhos de Vento 3 –14:30/17:00/19:30/21:50
Espaço Itaú 8 – 13:00/16:00/22:00
BELO HORIZONTE
Usiminas Belas Artes 2 – 14:40/17:10/19:20/21:30
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Espaço Itaú Brasilia 7 – 13:30/19:30/21:30
FORTALEZA
Arcoplex D. Luiz 1 –19:10/21:20
PALMAS
Lumiere Palmas 5 – 14:30/16:50/18:50/21:00
MACEIÓ
Lumiere Maceió 1 –16:40/19:00/21:00
LONDRINA
Lumiere Londrina 4 – 14:10/16:20/18:40/21:00
SANTA MARIA
Arcoplex Santa Maria 1 – 17:00/19:10/21:20
E ainda irá “passear” por muitas outras cidades do Brasil, incluindo, é claro, São Paulo e Rio de Janeiro.
Assista ao trailer:
Paulinho Tapajós morre aos 68 aanos
Paulinho Tapajós morre aos 68 aanos
RIO — O compositor Paulo Tapajós Gomes Filho, conhecido como Paulinho
Tapajós, morreu nesta sexta-feira, no Rio, aos 68 anos. Autor de
clássicos como "Andança", que conta com mais de 300 gravações, e "Sapato
velho", o músico lutava contra um câncer havia anos. O velório será
neste sábado no cemitério São João Batista, a partir das 9h.
— Estou profundamente triste com a perda do amigo, do parceiro de música, do meu colega de colégio, do meu compadre, padrinho da minha filha — disse Beth Carvalho, cuja gravação de "Andança" transformou a música em hit. — Acompanhei bastante toda a trajetória dele, da doença. Ele estava sofrendo muito, mas eu queria ele vivo. Talvez seja egoísmo da minha parte, mas a gente sempre quer mais um pouco, né?
Muito emocionada, a ex-mulher do compositor, Heloísa Tapajós, preferiu não se manifestar, mas elegeu a sobrinha Carolina como porta-voz da família:
— Além de deixar um legado para a cultura, ele deixa um legado familiar. Foi um pai afetuoso, um filho admirável. Nosso maior desejo agora é que a obra que ele deixou seja reconhecida — disse a moça.
O cantor Fagner, que tem parcerias com Tapajós, disse que a relação extrapolou a profissional e tornou-se uma amizade até nos campos de futebol.
— Ele representa o melhor caráter. Não porque morreu, mas porque era conhecido no meio por isso. Foi meu parceiro em várias músicas, como a do filme do Zico ("Galinho de briga, tema de "Uma aventura com Zico", de 1998). Foi também meu parceiro de pelada. Fico muito triste, mas ele estava muito mal. Temos que levar isso em consideração.
O maestro Arthur Verocai, também parceiro do compositor em várias músicas, como "Clara" e "A menina e a fonte", chamou o amigo de guerreiro e ressaltou o seu legado para a música brasileira.
— Conheci-o no colégio. Dei aulas de violão para ele — disse ao GLOBO. — Ainda mantínhamos contato. Ele lutou contra a doença como um guerreiro, tinha a cabeça muito boa, estava sempre consciente. Foi surpreendente. Eu teria enlouquecido. Só no final que ele estava um pouco desanimado. Ele deixa um legado como letrista e poeta muito importante.
Paulinho recebeu as primeiras noções de música do pai, o compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós. Destacou-se em festivais no fim dos anos 1960, e foi em 1968 que compôs "Andança" (com Danilo Caymmi e Edmundo Souto), terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção (FIC), no qual a canção foi defendida por Beth Carvalho e o grupo Golden Boys.
Junto com Nonato Buzar, assinou "Irmãos coragem", tema da novela da TV Globo, em 1970. No mesmo ano, ainda emplacou músicas nas trilhas de "Assim na terra como no céu" e "Verão vermelho". É autor também de "Sapato velho" (com Claudio Nucci e Mu Carvalho), sucesso interpretado, entre outros, pelo grupo Roupa Nova.
Tapajós participou do Música Nossa, projeto realizado no final da década de 1960 que promovia encontros entre compositores e cantores em espetáculos no Teatro Santa Rosa.
Ele era irmão da cantora Dorinha - com quem gravou o compacto "Paulinho e Dorinha", em 1972 - e do compositor Maurício Tapajós, ambos também já falecidos.
"Nesse momento, recebi com muito pesar a notícia de falecimento do meu primo e amigo Paulinho Tapajós" afirmou seu primo Tibério Gaspar via Facebook. "Começamos juntos a carreira musical. Paulinho era um poeta de infinita grandeza. Estou muito triste com essa notícia embora soubesse que era inevitável e o melhor pra ele. Paulinho lutou bravamente contra um câncer. Foram uns seis anos de sofrimento intenso. Meus pêsames, Heloísa (Tibério, ex-mulher do compositor). Querido amigo, descanse em paz e até algum dia".
Também via Facebook, o cantor, compositor e violonista Zé Renato fez sua homenagem ao amigo.
"Meu Querido Irmão Paulinho...você teve uma trajetória de vida extraordinária! Há poucos meses atrás tivemos uma conversa pelo telefone e naquele momento eu fiz muitas orações para sua recuperação. Mas, meu querido de tantas noitadas, descanse em Paz, que por aqui vamos continuar a embelezar a vida cantando suas lindas músicas".
Em 2008, Tapajós lançou seu último álbum, "Preparando a canção", resultado da parceria com artistas como Claudio Nucci e Marcello Lessa.
Paulinho Tapajós deixa dois filhos, Bruno e Marcelo.
— Estou profundamente triste com a perda do amigo, do parceiro de música, do meu colega de colégio, do meu compadre, padrinho da minha filha — disse Beth Carvalho, cuja gravação de "Andança" transformou a música em hit. — Acompanhei bastante toda a trajetória dele, da doença. Ele estava sofrendo muito, mas eu queria ele vivo. Talvez seja egoísmo da minha parte, mas a gente sempre quer mais um pouco, né?
Muito emocionada, a ex-mulher do compositor, Heloísa Tapajós, preferiu não se manifestar, mas elegeu a sobrinha Carolina como porta-voz da família:
— Além de deixar um legado para a cultura, ele deixa um legado familiar. Foi um pai afetuoso, um filho admirável. Nosso maior desejo agora é que a obra que ele deixou seja reconhecida — disse a moça.
O cantor Fagner, que tem parcerias com Tapajós, disse que a relação extrapolou a profissional e tornou-se uma amizade até nos campos de futebol.
— Ele representa o melhor caráter. Não porque morreu, mas porque era conhecido no meio por isso. Foi meu parceiro em várias músicas, como a do filme do Zico ("Galinho de briga, tema de "Uma aventura com Zico", de 1998). Foi também meu parceiro de pelada. Fico muito triste, mas ele estava muito mal. Temos que levar isso em consideração.
O maestro Arthur Verocai, também parceiro do compositor em várias músicas, como "Clara" e "A menina e a fonte", chamou o amigo de guerreiro e ressaltou o seu legado para a música brasileira.
— Conheci-o no colégio. Dei aulas de violão para ele — disse ao GLOBO. — Ainda mantínhamos contato. Ele lutou contra a doença como um guerreiro, tinha a cabeça muito boa, estava sempre consciente. Foi surpreendente. Eu teria enlouquecido. Só no final que ele estava um pouco desanimado. Ele deixa um legado como letrista e poeta muito importante.
Paulinho recebeu as primeiras noções de música do pai, o compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós. Destacou-se em festivais no fim dos anos 1960, e foi em 1968 que compôs "Andança" (com Danilo Caymmi e Edmundo Souto), terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção (FIC), no qual a canção foi defendida por Beth Carvalho e o grupo Golden Boys.
Junto com Nonato Buzar, assinou "Irmãos coragem", tema da novela da TV Globo, em 1970. No mesmo ano, ainda emplacou músicas nas trilhas de "Assim na terra como no céu" e "Verão vermelho". É autor também de "Sapato velho" (com Claudio Nucci e Mu Carvalho), sucesso interpretado, entre outros, pelo grupo Roupa Nova.
Tapajós participou do Música Nossa, projeto realizado no final da década de 1960 que promovia encontros entre compositores e cantores em espetáculos no Teatro Santa Rosa.
Ele era irmão da cantora Dorinha - com quem gravou o compacto "Paulinho e Dorinha", em 1972 - e do compositor Maurício Tapajós, ambos também já falecidos.
"Nesse momento, recebi com muito pesar a notícia de falecimento do meu primo e amigo Paulinho Tapajós" afirmou seu primo Tibério Gaspar via Facebook. "Começamos juntos a carreira musical. Paulinho era um poeta de infinita grandeza. Estou muito triste com essa notícia embora soubesse que era inevitável e o melhor pra ele. Paulinho lutou bravamente contra um câncer. Foram uns seis anos de sofrimento intenso. Meus pêsames, Heloísa (Tibério, ex-mulher do compositor). Querido amigo, descanse em paz e até algum dia".
Também via Facebook, o cantor, compositor e violonista Zé Renato fez sua homenagem ao amigo.
"Meu Querido Irmão Paulinho...você teve uma trajetória de vida extraordinária! Há poucos meses atrás tivemos uma conversa pelo telefone e naquele momento eu fiz muitas orações para sua recuperação. Mas, meu querido de tantas noitadas, descanse em Paz, que por aqui vamos continuar a embelezar a vida cantando suas lindas músicas".
Em 2008, Tapajós lançou seu último álbum, "Preparando a canção", resultado da parceria com artistas como Claudio Nucci e Marcello Lessa.
Paulinho Tapajós deixa dois filhos, Bruno e Marcelo.
VALÉRY - O CEMITÉRIO MARINHO
VALÉRY: O CEMITÉRIO MARINHO
Rogel Samuel
Esse teto tranqüilo, onde andam pombas,
Palpita entre pinheiros, entre túmulos.
O meio-dia justo nele incende
O mar, o mar recomeçando sempre.
Oh, recompensa, após um pensamento,
um longo olhar sobre a calma dos deuses!
Como é misterioso este início de poema - onde tudo é misterio -
um teto tranquilo onde andam pombas, entre... túmulos, ao
meio dia - remete ao mar, o mar da vida,. da vida e da morte, um
longo olhar sobre a calma dos deuses...
Que lavor puro de brilhos consome
Tanto diamante de indistinta espuma
E quanta paz parece conceber-se!
Quando repousa sobre o abismo um sol,
Límpidas obras de uma eterna causa
Fulge o Tempo e o Sonho é sabedoria.
No mar os brilhos e faíscas de seus diamante, diamantes entre
espumas, a paz dos túmulos... E esse sol sobre o abismo do universo.
O que significa este poema – límpidas obras de uma eterna causa,
onde tudo é sonho, ou seja, tudo é sabedoria porque é sonho, tudo é fulge no
tempo, no tempo do sonho.
Tesouro estável,templo de Minerva,
Massa de calma e nítida reserva,
Água franzida, Olho que em ti escondes
Tanto de sono sob um véu de chama,
-Ó meu silêncio!... Um edifício na alma,
Cume dourado de mil, telhas, Teto!
O franzido da água, a costura, é um olho – por transposição –
véu de chamas, sono infernal, cume das edificações, teto do mundo, que será?
Que será?
Templo do Templo, que um suspiro exprime,
Subo a este ponto puro e me acostumo,
Todo envolto por meu olhar marinho.
É assim esse Cemitério Marinho, Templo das Significações, vamos
E como aos deuses dádiva suprema,
O resplendor solar sereno esparze
Na altitude um desprezo soberano.
Como em prazer o fruto se desfaz,
Como em delícia muda sua ausência
Na boca onde perece sua forma,
Aqui aspiro meu futuro fumo,
Quando o céu canta à alma consumida
A mudança das margens em rumor.
Belo céu, vero céu, vê como eu mudo!
Depois de tanto orgulho e tanta estranha
Ociosidade - cheia de poder -
Eu me abandono a esse brilhante espaço,
Por sobre as tumbas minha sombra passa
E a seu frágil mover-se me habitua.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
UNIVERSO VIRTUAL
UNIVERSO VIRTUAL
LEIA NOSSA COLUNA EM
http://www.blocosonline.com.br/home/index.php
SEXTA EDIÇÃO REIMPRESSA:
LEIA NOSSA COLUNA EM
http://www.blocosonline.com.br/home/index.php
SEXTA EDIÇÃO REIMPRESSA:
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
HOJE MANAUS COMPLETA 344 ANOS
Conheça algumas
das atrações da capital do Amazonas, como o Largo de São Sebastião, que
acolhe vários tipos de manifestações culturais; a Arena da Amazônia, que
receberá quatro jogos do Mundial, está na reta final de construção; em
comemoração ao aniversário, Prefeitura, comandada por Arthur Virgílio,
lançou um vídeo para divulgar a capital para o mundo; assista
Manaus completa nesta quinta-feira, 24 de outubro, 344 anos de história. A sede da Região Norte na Copa de 2014 é um dos dez destinos turísticos mais importantes do país. Fundada em 1669 com o Forte de São José da Barra, Manaus surge a partir do aldeamento da tribo indígena manaós e significa 'Mãe de Deus', e reúne parques e reservas ecológicas como os parques do Mindu, Ponte dos Bilhares, Ponta Negra, que receberá a FIFA Fan Fest™, e o jardim botânico Adolpho Dulcke, com mais de 500 hectares e opções de trilhas e passeios nos mais diversos ecossistemas da Amazônia.
Mesmo com o crescimento urbano e estruturas modernas, a cidade preserva traços da arquitetura parisiense e portuguesa. Um dos pontos característicos é o Largo de São Sebastião, inaugurado em 1867 e localizado no Centro de Manaus. Atualmente é um espaço reformado e voltado para lazer e turismo.
O Largo é um dos patrimônios históricos da cidade e engloba a Praça de São Sebastião, juntamente com o Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial (1866), o Teatro Amazonas (1896), a Igreja de São Sebastião (1888), Núcleo de Artes Plásticas do Centro Cultural Cláudio Santoro, Casa J.G Araújo, Casa do Restauro, Casa Ivete Idiapina e a Casa das Artes.
O Teatro Amazonas é parada obrigatória. Lar de grandes festivais e apresentações artístico-culturais, o local é o principal patrimônio arquitetônico do estado e é considerada uma obra eclética devido às diversas predominâncias de estilos neoclássicos. Há épocas do ano em que o teatro oferece o Festival de Ópera e o Amazon Film Festival, onde muitos espetáculos são realizados em torno da praça.
Parte da arquitetura da cidade mistura traços de arte barroca e do romantismo. Uma das obras características da 'Belle Époque' é a calçada do Largo, feita em ondas preto e branco para lembrar o encontros dos rios Negro e Solimões, os quais banham a capital e formam o Rio Amazonas. O calçadão foi finalizado em 1901.
O Largo acolhe todos os tipos de atividades. Muitos artistas se apresentam gratuitamente no espaço. Há opções de lazer para adultos e crianças. A gastronomia é marcada essencialmente pela variedade de frutos e peixes regionais.
Arena
Palco de quatro partidas da Copa do Mundo de 2014, a Arena da Amazônia está na reta final de construção. A membrana da estrutura metálica da cobertura e da fachada começou a ser instalada. Serão 31 mil m² de material em 252 peças. As obras estão 86,98% executadas.
Os trabalhos avançam também na instalação dos vidros e as paredes internas dos camarotes. Os aparelhos de ar condicionado estão sendo instalados nos camarotes. Mais de 14 mil assentos foram instalados nas arquibancadas superiores e inferiores. O estádio terá capacidade para 44 mil torcedores. O plantio do gramado já foi finalizado.
Em comemoração ao aniversário da cidade, a Prefeitura de Manaus lançou o vídeo Amazônia Manauara, para divulgação da capital como produto turístico para o mundo. O vídeo foi realizado pela produtora MOOV, detentora de know-how com filmes premiados como os vídeos oficiais de divulgação mundial do Brasil como sede das Olimpíadas e de divulgação de cidades turísticas brasileiras como Rio de Janeiro e Fortaleza. Assista abaixo:
Fontes: Prefeitura de Manaus e Portal da Copa
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