Marta reage a críticas de Ruffato
Escritor apresentou uma crua análise das desigualdades brasileiras, trazendo dados como índices de mortalidade infantil, assassinatos, estupros
10 de outubro de 2013 | 2h 15
Ubiratan Brasil, FRANKFURT - O Estado de S.Paulo
"Não era o local para se dar uma aula de sociologia."
Assim reagiu ontem a ministra da Cultura, Marta Suplicy, ao discurso
proferido pelo escritor Luiz Ruffato na noite de terça-feira, durante a
abertura da Feira do Livro. "Ele apresentou uma visão dura do País, mas
senti falta do lado mágico e literário do Brasil."
Veja também:
Leia a íntegra do discurso de Luiz Ruffato na abertura da Feira do Livro de Frankfurt
Ruffato participou da cerimônia de abertura ao lado de autoridades alemãs (como Guido Westerwelle, ministro das Relações Exteriores) e brasileiras (além de Marta, estava presente o vice-presidente da República, Michel Temer). Em sua fala, ele apresentou uma crua análise das desigualdades brasileiras, trazendo dados como índices de mortalidade infantil, assassinatos, estupros. Também delineou a desigualdade social do País. Ao final, recebeu aplauso duradouro e caloroso. Também dividiu opiniões, como a crítica feita pela diretora Daniela Thomas, que teme que o discurso acentue os clichês que marcam o entendimento do público europeu sobre o Brasil.
Marta Suplicy seguiu na mesma linha. "Ele não disse nenhuma inverdade, mas não soube destacar o outro lado, o trabalho que o governo vem fazendo para diminuir essas desigualdades." A ministra da Cultura, por outro lado, elogiou o discurso de Michel Temer, que falou de improviso para ressaltar tanto a capacidade econômica do Brasil como para lembrar sua formação literária, culminando com o comentário sobre sua condição de escritor (publicou um livro de poesias, Anônima Identidade). "Temer completou a reflexão de Ruffato, que não capturou toda a diversidade da realidade brasileira."
Sobre a polêmica envolvendo o escritor Paulo Coelho, que decidiu não mais integrar a delegação brasileira de 70 autores convidados pelo MinC, Marta revelou seus esforços para o demover essa decisão. "Meus assessores falaram com o diretor da feira, Jürgen Boos, que se dispôs a ceder um espaço para o Paulo receber convidados e dar autógrafos, logo depois da cerimônia de abertura. Mas ele não aceitou e também não atendeu aos meus pedidos de conversa", disse. Curiosamente, ainda que ausente, Coelho é visto a cada minuto, nos ônibus que fazem o circuito de interligação entre os pavilhões da Feira de Frankfurt: todos carregam sua foto e um convite para acompanhá-lo nas redes sociais.
Veja também:
Leia a íntegra do discurso de Luiz Ruffato na abertura da Feira do Livro de Frankfurt
Wilson Pedrosa/Estadão
Para Marta, dircurso não captou diversidade nacional
Ruffato participou da cerimônia de abertura ao lado de autoridades alemãs (como Guido Westerwelle, ministro das Relações Exteriores) e brasileiras (além de Marta, estava presente o vice-presidente da República, Michel Temer). Em sua fala, ele apresentou uma crua análise das desigualdades brasileiras, trazendo dados como índices de mortalidade infantil, assassinatos, estupros. Também delineou a desigualdade social do País. Ao final, recebeu aplauso duradouro e caloroso. Também dividiu opiniões, como a crítica feita pela diretora Daniela Thomas, que teme que o discurso acentue os clichês que marcam o entendimento do público europeu sobre o Brasil.
Marta Suplicy seguiu na mesma linha. "Ele não disse nenhuma inverdade, mas não soube destacar o outro lado, o trabalho que o governo vem fazendo para diminuir essas desigualdades." A ministra da Cultura, por outro lado, elogiou o discurso de Michel Temer, que falou de improviso para ressaltar tanto a capacidade econômica do Brasil como para lembrar sua formação literária, culminando com o comentário sobre sua condição de escritor (publicou um livro de poesias, Anônima Identidade). "Temer completou a reflexão de Ruffato, que não capturou toda a diversidade da realidade brasileira."
Sobre a polêmica envolvendo o escritor Paulo Coelho, que decidiu não mais integrar a delegação brasileira de 70 autores convidados pelo MinC, Marta revelou seus esforços para o demover essa decisão. "Meus assessores falaram com o diretor da feira, Jürgen Boos, que se dispôs a ceder um espaço para o Paulo receber convidados e dar autógrafos, logo depois da cerimônia de abertura. Mas ele não aceitou e também não atendeu aos meus pedidos de conversa", disse. Curiosamente, ainda que ausente, Coelho é visto a cada minuto, nos ônibus que fazem o circuito de interligação entre os pavilhões da Feira de Frankfurt: todos carregam sua foto e um convite para acompanhá-lo nas redes sociais.
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