COMO COMEÇOU O RETIRO DE SANTA TERESA
ROGEL SAMUEL
Nós já tínhamos comprado o terreno, que estava lá
onde sempre esteve.
Um dia eu perguntei o Ven. Annuruddha se podíamos
acampar ali no fim de semana.
Ele gostou da ideia. Falei com um amigo que
arranjou um para-quedas que no sábado armamos a barraca, redonda, onde é hoje o
lago.
E nunca mais saímos de lá.
Limpamos o terremo. Espantamos as cobras, que eram
muitas. Limpamos as ruínas da casa que ali havia, onde hoje é a cozinha. Levamos
água da casa vizinha, por um caminho lateral, por onde subíamos. Fizemos comida
e terminanos o dia com um puja.
O monge desceu para realizar o puja na cidade e cedo
no dia seguinte voltou.
Dormimos lá. Foi uma noite memorável. Histórica.
Logo o monge resolveu colher água de dentro da
floresta e um grupo partiu para descobrir a fonte.
Enquanto isso, as obras começaram. Todos trabalhavam.
O “sino”, um pedaço de ferro achado por ali, foi
instalado debaixo de uma árvore, onde o monge passou a invocar o devas naquela
reza que começava assim: “Samanta!...”
E aí depois ele invocava Hanuman, o Protetor
Macaco, que é uma outra história que um dia contarei.
Foi assim que tudo começou. Inclusive a minha vida.
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