Estas aves vêm sempre, ao fim da tarde, Descansar seus remígios agourentos No pomar de onde colho doces frutos Com que faço meus vinhos suculentos. Elas vêm de bem longe. Me olham sempre Com desdém. E nas asas trazem ventos Que uma vez, já faz tempo, naufragaram Minha nave que nautas desatentos Dirigiam. E estas aves eu me espiam Lá de cima das arvores crescidas No pomar irrigado com águas verdes. Bem conhecem meu fim. Vencido nauta Pus-me, agora, a plantar frondosas copas Que sugerem veleiros em meu canto.
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