METADE DA VIDA
Heras amarelas
E rosas silvestres
Da paisagem sobre a
Lagoa.
Ó cisnes graciosos,
Bêbedos de beijos,
Enfiando a cabeça
Na água santa e sóbria!
Ai de mim, aonde, se
É inverno agora, achar as
Flores? e aonde
O calor do sol
E a sombra da terra?
Os muros avultam
Mudos e frios; ao vento
Tatalam bandeiras.
(Trad. Manuel Bandeira)
A rosa
Suave irmã!
Onde irei buscar, quando for Inverno,
As flores, para tecer coroas aos deuses?
Então será, como se eu já não soubera do Divino,
Pois de mim terá partido o espírito da vida;
Quando eu buscar prendas de amor aos deuses,
As flores no campo escalvado,
E te não achar.
(tradução: Paulo Quintela)
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