terça-feira, 29 de julho de 2008

Lao-Tzé




Rogel Samuel

Escreveu Lao-Tsé no seu famoso poema intitulado “TAO TE KING”:

As palavras jamais conseguem transmitir
a beleza de uma árvore;
para compreendê-la, você precisa vê-la
com seus próprios olhos.
A linguagem não é capaz de captar
a melodia de uma canção;
para compreendê-la, você precisa ouvi-la
com seus próprios ouvidos.
Assim acontece com o TAO;
a única maneira de compreendê-lo
é vivenciá-lo diretamente.
A verdade sutil do universo é
indizível e impensável.
No entanto, os mais elevados
ensinamentos são desprovidos de
palavras.
Minhas próprias palavras não são o remédio,
mas a receita; não o destino,
mas um mapa para ajudá-lo a chegar até
Ele.
Quando você chegar lá, tranqüilize a mente
e feche a boca.
Ao contrário, empenhe-se em vivê-lo:
silenciosa e integralmente, com todo
o seu ser harmônico.

Essa é uma “tradução” do poema. Fica distante do original. Lao Tze viveu no sexto Século antes de Cristo, se é que existiu. Seus ensinamentos eram orais, mas um guarda da fronteira o convenceu a escrever. O Tao significa (?) deixar a vida seguir o seu harmonioso curso. Sem tentar mudar, sem agir – o que representa um agir mais radical. Ouvir o rio da vida, no seu silêncio, fluir por dentro da floresta, sem interferir com a vontade, mas com uma espécie de sabedoria da não ação. E expressar com o silêncio, que é o máximo da expressão da voz.

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