quinta-feira, 7 de abril de 2011
MASSACRE
Atirador que invadiu escola municipal em Realengo é identificado
RIO - O atirador que invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo , foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Ele era ex-aluno do colégio e visitara a unidade no ano passado. Antes de morrer, teria deixado uma carta de cunho religioso em que afirmava ser portador do vírus HIV, segundo o subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto. A correspondência foi entregue à Delegacia de Homicídios.
Wellington era filho adotivo de uma família de mais cinco irmãos. Até pouco mais de um ano atrás, ele morava na Rua Jequitinhonha, em Realengo, a cerca de um quilômetro do colégio. Depois, se mudou para Sepetiba. Segundo a irmã de criação de Wellington, Roselaine, de 49 anos, ele morava sozinho em Sepetiba. Em entrevista à Rádio BandNews, ela afirmou que não via o irmão há sete meses.
- Na época da eleição, ele veio aqui. Achamos estranho que ele estava com a barba muito grande. Chamei para almoçar, ele não queria. Falava muita besteira. Ele só ficava na internet, não tinha amigos, era muito estranho e reservado - afirmou Roselaine.
Segundo vizinhos que conheciam a família, Wellington era muito retraído e costumava se isolar. Teria ficado muito abalado quando a mãe adotiva morreu de enfarte.
A promotora de vendas Elda Lira, de 55 anos, disse que a vizinhança está chocada:
- Nós sempre tivemos um relacionamento ótimo com a família e os irmãos dele, mas ele era muito isolado.
A jornalista Karen Mendes, de 31 anos, conheceu Wellington na infância. Segundo ela, o atirador tinha dificuldade para compreender algumas coisas, mas o massacre foi uma surpresa. Já para a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, o crime foi premeditado. Segundo informações do subprefeito da Zona Oeste e do tenente-coronel Djalma Beltrame, comandante do 14º BPM (Bangu), Wellington levava duas armas e um carregador de munição com capacidade para introduzir seis balas por vez. Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista.
Um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, que foi da mesma turma de Wellington Menezes de Oliveira lembra que ele dava sinais de perturbação mental. O frentista Bruno Dantas da Costa, de 22 anos, estudou com o atirador nas antigas 7ª e 8ª séries, de 2003 a 2004. Segundo ele, Wellington evitava contato com todos os colegas de classe:
- Ele era um cara caladão, não se misturava com a gente nem para jogar bola.
Dantas diz que não se lembra de nenhuma atitude violenta por parte de Wellington naquela época.
- Ele não parecia violento, mas era calado demais. Todos achavam estranho - disse o frentista, que não se recorda de ter visto o assassino com namoradas na escola.
O estudante Renan Oliveira, de 22 anos, também foi contemporâneo de Wellington na Tasso da Silveira, só que de outra turma.
- Não tive muito contato com ele, só de vista. Mas não me lembro de ter visto qualquer confusão em que ele estivesse envolvido. Parecia uma pessoa normal.
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