Leio num saite que "o índio sateré maué Jecinaldo Barbosa Cabral, chefe da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), jogou um copo d'água no deputado Jair Bolsonaro que tinha batido boca com Tarso. - Eu peguei um copo de água e joguei nele porque não tinha flecha - afirmou o indígena".
Faz muito tempo que nenhum índio ataca com flecha. Aqui no Rio de Janeiro, terra das balas perdidas, o fundador da cidade Estácio de Sá morreu ferido por uma flecha perdida.Ele combateu os franceses e seus aliados indígenas por mais dois anos. Em 20 de janeiro de 1567, foi gravemente ferido por uma flecha que lhe vazou um olho durante a batalha de Uruçu-mirim, e veio a falecer um mês mais tarde (20 de Fevereiro). Em 1º de março de 1565 fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no terreno plano entre o morro Cara de Cão e o morro do Pão de Açúcar, bem perto de onde moro. Meu falecido pai, que era francês, adorava arco e flecha indígena, com que se exercitava. Não caçava. Não matava animais. Mas atirava muito bem com arco e flecha. A flecha é arma terrível, silenciosa, mortal. Os índios tratam a ponta com um veneno mortal. Somos alvos fáceis de suas flechas, dardos e zarabatanas. A zarabatana solta um dardo muito pequeno e muito rápido, que não se vê no ar, e é muito preciso, mortal, envenenado por um tipo de curare feito do cipó uirari e dos venenos de cobras, moscas, aranhas e escorpiões misturados num tipo de ritual. Paralisa o sistema nervoso e mata por asfixia. É uma arma sutil, sibila no
ar. Lembro-me de meu pai atirando flechas no antigo balneário "Parque Dez", que era fora da cidade de Manaus e hoje está no centro urbano. Certa vez, entrando num "paraná", a lancha de meu pai foi alvo de uma flecha com uma espécie de signo
vermelho. Era um aviso. Significava "não entre". Os índios estavam invisíveis.
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