sábado, 24 de maio de 2008

LUTO POR PERES


Morte repentina tocou pessoas de diversas classes sociais, bem como políticos das mais diferentes correntes ideológicas, todos sob a emoção da perda de um grande homem público A movimentação foi intensa durante toda a manhã de ontem na casa do senador Jef­ferson Péres (PDT), localizada na rua Natal, Adrianópolis. Num clima de muita tristeza, amigos, parentes e autoridades foram à residência para dar os pêsames à família do parlamentar.
“Uma perda irreparável”. Foi assim que todos que estiveram no local definiram a morte do senador. Entre os presentes estavam o secretário Estadual de Cultura, Robério Braga; o procurador-geral de Justiça, Mauro Campbell Marques; o vice-prefeito Mário Frota (PDT); o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Aníbal Bessa; o vereador Paulo De’Carli (PRTB); o secretário Estadual de Saúde, Agnaldo Costa; e a historiadora Etelvina Garcia.
Muito abalado, o vice-prefeito Mário Frota disse que era uma perda lamentável não só para o Amazonas, mas para todo o país. “Hoje, nós temos grandes políticos, mas nenhum com a história de luta na defesa da ética, da honra, da moral, igual ao Jefferson Péres. Sinceramente, não conheço ninguém assim”, ressaltou.
Mário Frota comparou a trajetória política de Péres com a de outro senador do Amazonas, Fábio Lucena, que exerceu o mandato durante a ditadura militar. Os dois parlamentares foram os únicos do Estado a saírem da Câmara Municipal de Manaus (CMM) direto para o Senado Federal. Em comum, eles tinham também a defesa da ética e de uma política democrática.
Considerando o senador seu “padrinho político”, o vereador Paulo De’Carli estava muito emocionado e chorou ao falar de sua relação com Péres. “Pelas suas mãos eu entrei no partido (PDT) e me firmei com o seu apoio. O senador foi um grande manauara e sua vida foi marcada pelo amor a sua cidade”, afirmou.
O secretário estadual de Cultura, Robério Braga, que também era amigo do senador, foi ao local representando o governador Eduardo Braga, que está viajando. “É uma vala profunda que se abre e ninguém sabe de que maneira será preenchida”, disse, muito abalado.

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