Antropólogo Gilberto Velho morre no Rio, aos 66 anos
Acadêmico era decano do Departamento de Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ. Ele teve um AVC na noite deste sábado
Foto: Reprodução da internet
Gilberto Velho morreu após ter AVC enquanto dormia, na madrugada deste sábado (14)
Gilberto Velho era decano do Departamento de Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ desde 1999 e membro da Academia Brasileira de Ciências desde junho de 2000.
Sua obra tem ênfase no estudo de camadas médias e elites urbanas, mas aborda ainda áreas diversificadas como a antropologia das sociedades complexas, a teoria da cultura, a antropologia e sociologia da arte, estudos de transe e possessão, desvio, a problemática do uso de drogas, violência e interpretações do Brasil.
Mais recentemente, vinha trabalhando em estabelecer comparações entre o Brasil e outras sociedades, mais especificamente, com Portugal.
Ele foi autor e organizador de 16 livros – entre as principais obras estão "Mudança, Crise e Violência: política e cultura no Brasil contemporâneo" (2002) e "A Utopia Urbana: um estudo de antropologia social" (1973) –, escreveu mais de 160 artigos em periódicos nacionais e internacionais e orientou mais de 60 teses de doutorado e mestrado.
Doutor em Ciências Humanas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, fez o mestrado em Antropologia Social e bacharelado em Ciências Sociais na UFRJ. Depois, fez especialização em Antropologia Urbana e Sociedades Complexas no Departamento de Antropologia da Universidade do Texas, em Austin.
Foi professor visitante e conferencista em universidades como Northwestern University, Boston University, Columbia University, Berkeley University, University of Texas (Austin), Universidade de Utrech e Universidade de Leiden (Holanda).
O enterro será neste domingo, às 17h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
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