Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris –
No momento em que discursava, na cidade de Tulle, em Corrêze, onde já
foi prefeito, o presidente eleito da França, François Hollande, enviou
uma mensagem poderosa a seus compatriotas, mas também a todos os
europeus e – em especial – à chanceler alemã Angela Merkel. “Austeridade
não pode ser uma fatalidade”, disse ele, diante da catedral de
Notre-Dame, de sua cidade. Hollande sabia que falava não apenas para os
franceses. “Neste momento, em vários países europeus, muitos estão
observando nossa vitória com um olhar de esperança”.
Hollande acreditou sua vitória ao desejo
de mudança dos franceses. Aos que não votaram pela esquerda, prometeu
reunir a todos para tirar o país da crise. "Nenhum filho da República
será deixado de lado ou discriminado",disse. Reconheceu que os desafios
serão grandes, mas que lutará pela a preservação do modelo social, pela
reorientação da Europa para o emprego, para o crescimento e pela
transição ecológica.
Ao finalizar, Hollande valorizou o
significado histórico de sua vitória – a primeira do Partido Socialista
em 24 anos – enfatizando a beleza da política. “Eu sou um socialista”,
disse Hollande, a plenos pulmões, diante da multidão. Ao fazê-lo,
Hollande prestou uma homenagem a todos os humanistas que ajudaram a
escrever a história do Partido Socialista.
Na França, a bandeira simboliza os valores
da República. O azul da liberdade, o branco da igualdade e o vermelho
da fraternidade. Neste domingo, 6 de maio, os franceses votaram por um
país mais fraterno.
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