INFANTIL
O menino ia no mato
E a onça comeu ele.
Depois o caminhão passou por dentro do corpo do menino
E ele foi contar para a mãe.
A mãe disse: Mas se a onça comeu você, como é que
o caminhão passou por dentro do seu corpo?
É que o caminhão só passou renteando meu corpo
E eu desviei depressa.
Olha, mãe, eu só queria inventar uma poesia.
Eu não preciso de fazer razão.
Manoel de Barros
em Tratado geral
das grandezas do ínfimoEnviado por Amélia Pais
3 comentários:
Bárbaro!
Adoro Manoel de Barros.
Beijos
Mirze
Manoel é mesmo o Barro de onde nascem poemas maravilhosos de simplicidade. Me lembra umas leituras de Raul Bopp amazônico e antropofágico.
OBRIGADO, AMIGOS
CONCORDO COM AMBOS
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