Nos anos 70, antes de se converter ao islamismo, Cat Stevens morou no Rio
Cantor alugou casa no Joá e manteve apartamento na Fonte da Saudade até 1982
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02 de Dezembro de 2006, Segundo Caderno, página 1
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03 de Abril de 2009, Segundo Caderno, página 1
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05 de Fevereiro de 1974, Cultura, página 29
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12 de Fevereiro de 1991, O Mundo, página 10
Ele ainda era conhecido como Cat Stevens quando passou duas
temporadas no Rio — e as visitas do hoje muçulmano Yusuf Islam renderam
histórias na cidade. Na primeira viagem, em fevereiro de 1974, o cantor e
compositor ficou fascinado pelo Rio. No ano seguinte, aproveitou uma
brecha na legislação fiscal inglesa e resolveu morar aqui. Alugou uma
casa da atriz Odete Lara, na Joatinga, e depois comprou uma cobertura na
Fonte da Saudade, que serviu como seu refúgio por cerca de três anos,
nos intervalos das longas turnês mundiais. A rotina de popstar incluiu
embalos pela noite carioca, embora o encanto pela vida no Rio tenha se
perdido depois de um maior contato com a realidade da cidade.
— Tinha um estilo de vida fabuloso, mas ao mesmo tempo via muita pobreza e gente perdendo suas casas todas as vezes que chovia muito. Mas a música brasileira é fenomenal, cheia de harmonias geniais — lembrou Islam, numa entrevista ao GLOBO em 2009.
Filho de uma sueca e de um grego — seu nome de batismo é Steven Demetre Georgiou — o Cat Stevens (pseudônimo que adotou em 1965, ao assinar seu primeiro contrato discográfico) "carioca" já fugia do perfil habitual de estrelas do rock. Aqui, buscava o anonimato, mas acabou descobrindo que já era um sucesso também entre os brasileiros. Na primeira visita, ficou hospedado na suíte presidencial do Leme Palace Hotel. Depois, alugou a casa de Odete até comprar o apartamento da Rua Baronesa de Poconé. O imóvel, de quatro quartos, só seria vendido em 1982, quando o músico já tinha se convertido ao islamismo.
No Rio, Cat Stevens fez amigos como o percussionista Chico Batera que, numa entrevista em 2006, contou ter levado o astro a Madureira e à Ilha do Governador. Num bar na Freguesia, o inglês quis tocar com Batera. O dono concordou, desde que fosse apenas uma música. “Logo começou a juntar gente, que o reconheceu”, lembrou o percussionista, que guardou outra impressão do compositor. “Ele queria casar e ter filhos, mas reclamava que as mulheres só se aproximavam dele por ser um artista de sucesso”.
Em 1978, já com o nome de Yusuf Islam, o artista voltou ao Rio. Tansformou uma das salas do apartamento no Rio numa espécie de templo, com um altar onde botava o alcorão. Ele ainda voltaria em 1980 e 1982, quando decidiu vender o apartamento. Ao que tudo indica, porém, a Cidade Maravilhosa ficou mesmo na imaginaão do inglês. Numa entrevista distribuída à imprensa com "An other cup", Islam diz que sua canção preferida no disco, "Midday (Avoid city after dark)", "tem um toque brasileiro".
Amigo de Jimi Hendrix na adolescência, Cat Stevens virou um fenômeno da música mal completara 20 anos. Os excessos da vida de popstar, porém, causaram-lhe uma tuberculose, que o obrigou a ficar um ano afastado dos palcos. Quando voltou, estava mais introspectivo e místico. Em 1978, converteu-se ao islamismo, segundo ele após ter uma epifania quando quase se afogava na praia de Malibu.
— Tinha um estilo de vida fabuloso, mas ao mesmo tempo via muita pobreza e gente perdendo suas casas todas as vezes que chovia muito. Mas a música brasileira é fenomenal, cheia de harmonias geniais — lembrou Islam, numa entrevista ao GLOBO em 2009.
Filho de uma sueca e de um grego — seu nome de batismo é Steven Demetre Georgiou — o Cat Stevens (pseudônimo que adotou em 1965, ao assinar seu primeiro contrato discográfico) "carioca" já fugia do perfil habitual de estrelas do rock. Aqui, buscava o anonimato, mas acabou descobrindo que já era um sucesso também entre os brasileiros. Na primeira visita, ficou hospedado na suíte presidencial do Leme Palace Hotel. Depois, alugou a casa de Odete até comprar o apartamento da Rua Baronesa de Poconé. O imóvel, de quatro quartos, só seria vendido em 1982, quando o músico já tinha se convertido ao islamismo.
No Rio, Cat Stevens fez amigos como o percussionista Chico Batera que, numa entrevista em 2006, contou ter levado o astro a Madureira e à Ilha do Governador. Num bar na Freguesia, o inglês quis tocar com Batera. O dono concordou, desde que fosse apenas uma música. “Logo começou a juntar gente, que o reconheceu”, lembrou o percussionista, que guardou outra impressão do compositor. “Ele queria casar e ter filhos, mas reclamava que as mulheres só se aproximavam dele por ser um artista de sucesso”.
Em 1978, já com o nome de Yusuf Islam, o artista voltou ao Rio. Tansformou uma das salas do apartamento no Rio numa espécie de templo, com um altar onde botava o alcorão. Ele ainda voltaria em 1980 e 1982, quando decidiu vender o apartamento. Ao que tudo indica, porém, a Cidade Maravilhosa ficou mesmo na imaginaão do inglês. Numa entrevista distribuída à imprensa com "An other cup", Islam diz que sua canção preferida no disco, "Midday (Avoid city after dark)", "tem um toque brasileiro".
Amigo de Jimi Hendrix na adolescência, Cat Stevens virou um fenômeno da música mal completara 20 anos. Os excessos da vida de popstar, porém, causaram-lhe uma tuberculose, que o obrigou a ficar um ano afastado dos palcos. Quando voltou, estava mais introspectivo e místico. Em 1978, converteu-se ao islamismo, segundo ele após ter uma epifania quando quase se afogava na praia de Malibu.
Religião. Após uma epifania, Cat Stevens se converteu ao islamismo e adotou o nome de Yusuf Islam Alessandro Abbronizio / AFP/Alessandro Abbronizio/23-09-2004
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