quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Mandela e a Bhagavad Gita

Mandela e a Bhagavad Gita
POR ANTONIO CARLOS ROCHA
Na equipe de advogados que cuidava do prisioneiro Nelson Mandela havia um indiano devoto da Consciência de Krishna. Certa feita ele presenteou Nelson com um exemplar da Escritura Hindu Bhagavad Gita (A Canção do Senhor).
Convém lembrar que é grande na África do Sul, a presença de imigrantes indianos e seus descendentes.
Mandela lia com freqüência do Texto Sagrado Hindu e gostava muito. Tanto é que, ao ser libertado e depois eleito Presidente da República, um dos seus atos oficiais foi visitar o Templo Hare Krishna, em Joannesburgo, como forma de gratidão pelas leituras e reflexões que o acompanharam atrás das grades.
Quem revelou isto hoje, pela manhã, 19/12/13, foi a praticante Raga Bhumi, da ISKon, Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, no Largo da Carioca, Rio, durante uma cerimônia que, ecumenicamente, reuniu diversos representantes religiosos, em homenagem a Nelson Mandela. Estavam presentes entre outros, o Secretário de Meio Ambiente do RJ, Carlos Minc, que apresentou a maquete de um Parque Municipal para acolher a população e representantes do cultos afro-brasileiros em suas oferendas.
O evento foi uma promoção da CCIR – Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, coordenada pelo interlocutor, Babalawô Ivanir dos Santos; Graça, do MIR/Koinonia – Movimento Inter-Religioso.
Mãe Fátima Damas cantou o Hino da Umbanda. Frei Tatá, franciscano, lembrou que o evento era na frente do Convento de Santo Antonio, secular casa de oração.
Reverendo Daniel, da Igreja Episcopal Anglicana também falou sobre a importância da Paz, da Fraternidade e do Amor ao Próximo.
Harry, representante da Comunidade Judaica também falou palavras de incentivo ao momento.
Além de muitas outras correntes religiosas queremos registrar o representante dos ICAMALÊS – Pretos Iorubás Islamizados que relatou agressão racista que sofreu recentemente, em um supermercado, estando o fato registrado em delegacia e que será encaminhado ao Ministério Público.
Encerrando o ato público, o deputado Carlos Minc solidarizou-se com o religioso que sofreu a agressão, esclarecendo que a luta de todos nós é por um Brasil melhor.

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