Morreu Yusef Lateef, um dos primeiros a fundir o jazz com a world music
O multi-instrumentalista e compositor norte-americano faleceu com 93 anos. Foi uma influência em Coltrane.
Yusef Lateef, figura do jazz-norte-americano, faleceu
na segunda-feira. Com 93 anos de idade, o artista tinha sido
diagnosticado com cancro na próstata.
Em 1987, ganhou um Grammy pelo álbum Yusef Lateef’s Little Simphony na categoria de melhor performance new age.
Paralelamente, seguiu uma carreira académica extensa que alternou entre os Estados Unidos e a Nigéria, incluindo um doutoramento na Universidade de Massachusetts.
Em 2010 recebeu o maior prémio norte-americano para um músico de jazz: o National Endowment for the Arts Jazz Master. Segundo o seu obituário, o artista andou em digressão até ao Verão de 2013.
A sua carreira começou nos
finais dos anos 1940 e, desde então, Yusef Lateef lançou mais de
cinquenta discos em nome próprio. Embora tenha colaborado com nomes
sonantes do jazz como Charles Mingus ou Dizzy Gillespie, Yusef ganhou
notoriedade pela sua carreira a solo e por ser um dos primeiros a fundir
o jazz tradicional com a world music, abrindo-o a influências
orientais. É conhecida a sua importância na música do saxofonista John
Coltrane, nomeadamente no seu período tardio mais free jazz.
Yusef
Lateef começou como saxofonista em Detroit, numa carreira acompanhada
pelo trompetista Curtis Fuller e pelo baterista Louis Hayes na década de
1950. Viria a juntar à sua lista de instrumentos de eleição a flauta
transversal, o oboé e o fagote, tendo também explorado vários
instrumentos orientais. Mudou-se para Nova Iorque nos anos 1960, onde
trabalhou com o baixista Charles Mingus e com o saxofonista Cannonball
Adderley. Em 1961, gravou o seu álbum mais icónico, Eastern Sounds.Em 1987, ganhou um Grammy pelo álbum Yusef Lateef’s Little Simphony na categoria de melhor performance new age.
Paralelamente, seguiu uma carreira académica extensa que alternou entre os Estados Unidos e a Nigéria, incluindo um doutoramento na Universidade de Massachusetts.
Em 2010 recebeu o maior prémio norte-americano para um músico de jazz: o National Endowment for the Arts Jazz Master. Segundo o seu obituário, o artista andou em digressão até ao Verão de 2013.
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