segunda-feira, 14 de março de 2011
BOLSA DE TOKYO DESPENCA
TÓQUIO - O Banco Central do Japão injetou um recorde de 15 trilhões de ienes (183,8 bilhões de dólares) nos mercados financeiros enquanto a Bolsa de Tóquio despencou nesta segunda-feira no primeiro pregão após o terremoto e tsunami que atingiu o nordeste do país na sexta-feira.
O Banco do Japão atuou rapidamente para tentar estabilizar os mercados financeiros. Ao inundar o sistema bancário com dinheiro, o governo tem a esperança de que os bancos continuem emprestando dinheiro e cumpram com a enorme demanda para fundos após o terremoto e a tsunami.
A provisão de fundos é a maior já injetada em uma única operação pelo Banco do Japão.
- Tomaremos qualquer medida possível, inclusive com injeção de liquidez, para assegurar a estabilidade dos mercados financeiros e facilitar as operações - disse um porta-voz do banco. - Esta opeação é a mais importante realizada até agora" no mercado monetário japonês, acrescentou.
O custo de seguros referentes à catástrofe pode chegar a 34,6 bilhões de dólares, segundo estimativa inicial publicada este domingo pela AIR Worldwide, especialista em avaliação de risco.
A Bolsa de Tóquio fechou nesta segunda-feira em queda de 6,18%. O índice Nikkei caiu 633,94 pontos e encerrou o pregão com 9.620,49 unidades. Os temores gerados pelos impacto que terá o desastre na economia provocaram uma venda generalizada em todos os setores do mercado.
O índice Nikkei recuou 5% no início dos negócios desta segunda-feira. Às 12h50m locais (00h50m de Brasília), o índice Nikkei 225 perdia 464.88 pontos (4,53%) e estava abaixo dos 10 mil pontos, a 8.789,55, seu nível mais baixo em quatro meses.
Outros mercados asiáticos registram quedas, embora menos acentuadas. A bolsa de Taiwan recuava 1,09%; o índice Shanghai SE Composite, da China, descia 0,02%. A bolsa de Hong Kong fechou em alta de 0,41%, a de Xangai encerrou o pregão em alta de 0,13% e a de Seul registrou leve alta de 0,8%.
Nesta segunda, o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo começa às 10h e termina às 17h , em virtude do início do horário de inverno nos Estados Unidos. Na semana passada, o Ibovespa fechou com queda de 1,9%. Na sexta-feira, entretanto, buscou recuperação e subiu 0,98% .
Ações de fabricantes de automóveis despencam
Os papéis das principais fabricantes de automóveis japonesas despencaram mais de 10%, em uma reação dos investidores ao fechamento de fábricas após o terremoto.
- Não podemos ignorar o impacto que este terremoto terá em termos de escala e agrangência geográfica, bem como o impacto psicológico - disse o especialista do Credit Suisse, Shun Maruyama, à Dow Jones Newswires.
Maruyama cortou sua meta para o Nikkei para o fim de março de 11.000 para 9.000.
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