terça-feira, 8 de março de 2011
Rogel Samuel: É hoje só, amanhã não tem mais
Rogel Samuel: É hoje só, amanhã não tem mais
No fim das festas de carnaval, ao alvorecer da terça-feira, o que se cantava era: “É hoje só, amanhã não tem mais!”, depois de tanto pedir “mamãe eu quero mamar”, ou de reclamar “mas que calor, ôoooo”.
O certo era que o Rio de Janeiro era a cidade que me seduz, de dia falta água de noite falta luz. E a multidão gritava por uma tourada em Madrid, ou por tudo clamava que o sol já ia sair.
E era certo que saía o sol do brilho da fantasia, do solo do delírio, do mundo em festa, em clamores e amores.
O carnaval era aquilo. A massa festiva. A música levada na garganta, mantida no ritmo de si mesmo, no júbilo de viver.
Amanhã não tem mais.
É hoje só.
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