sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Madonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namorado

Madonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namorado

Cantora norte-americana trouxe a turnê de shows M.D.N.A para o país, e passará por três cidades; Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre

  Madonna desembarcou nesta sexta-feira (30) no aeroporto internacional do Rio de Janeiro com seus quatro filhos, Lourdes Maria, de 15 anos, Rocco, 11, Mercy, 7, e David, 6, e o namorado, o bailarino Brahim Zaibat. Em um jatinho particular, a cantora desceu ainda na pista e contou com uma escolta para deixar o local.
Uma legião de fãs esperava Madonna na porta do Hotel Fasano, onde ela está hospedada durante sua estadia no Rio. Momentos depois de chegar ao local, Brahim apareceu na sacada sem camisa. Curioso com a movimentação, Rocco também apareceu na janela para dar uma espiada no que acontecia nas ruas em frente ao hotel.
A cantora norte-americana trouxe para o Brasil a turnê de shows M.D.N.A, e se apresentará em três cidades do país; Rio de Janeiro, no dia 2 de dezembro, São Paulo, nos dias 4 e 5, e Porto Alegre, no dia 9.
Madonna e toda a sua equipe ficarão hospedados no hotel Fasano, em Ipanema. Segundo o jornal "Extra", a cantora reservou 44 quartos no local. A equipe de Madonna é composta por preparadores físicos, coreógrafos e assistentes pessoais, além dos tutores de cada filho, que dão aulas às crianças durante a turnê mundial.
Madonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namoradoMadonna chega ao Brasil com os 4 filhos e o namorado


Mocidade e Morte

Mocidade e Morte
 
CASTRO ALVES
 

E porto avisto o porto
Imermo, nebuloso, o sempre noite
Cahmado—Eternidade. —

Laurindo.

Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate.

Dante.

Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
Árabe errante, vou dormir à tarde
A sombra fresca da palmeira erguida.

Mas uma vez responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.

Morrer... quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:
Não! o seio da amante é um lago virgem...
Quero boiar à tona das espumas.
Vem! formosa mulher—camélia pálida,
Que banharam de pranto as alvoradas.
Minh'alma é a borboleta, que espaneja
O pó das asas lúcidas, douradas...

E a mesma vez repete-me terrível,
Com gargalhar sarcástico: —impossível!

Eu sinto em mim o borbulhar do gênio.
Vejo além um futuro radiante:
Avante! —brada-me o talento n'alma
E o eco ao longe me repete—avante!—
O futuro... o futuro... no seu seio...
Entre louros e bênçãos dorme a glórial
Após—um nome do universo n'alma,
Um nome escrito no Panteon da história.

E a mesma voz repete funerária: —
Teu Panteon—a pedra mortuária!

Morrer—é ver extinto dentre as névoas
O fanal, que nas guia na tormenta:
Condenado — escutar dobres de sino,
—Voz da morte, que a morte lhe lamenta—
Ai! morrer —é trocar astros por círios,
Leito macio por esquife imundo,
Trocar os beijos da mulher — no visco
Da larva errante no sepulcro fundo.

Ver tudo findo... só na lousa um nome,
Que o viandante a perpassar consome

E eu sei que vou morrer... dentro em meu peito
Um mal terrível me devora a vida:
Triste Ahasverus, que no fim da estrada,
Só tem por braços uma cruz erguida.
Sou o cipreste, qu'inda mesmo flórido,
Sombra de morte no ramal encerra!
Vivo— que vaga sobre o chão da morte,
Morto—entre os vivos a vagar na terra.

Do sepulcro escutando triste grito
Sempre, sempre bradando-me: maldito! —

E eu morro, ó Deus! na aurora da existência,
Quando a sede e o desejo em nós palpita...
Levei aos lábios o dourado pomo,
Mordi no fruto podre do Asfaltita.
No triclínio da vida— novo Tântalo —
O vinho do viver ante mim passa...
Sou dos convivas da legenda Hebraica,
O 'stilete de Deus quebra-me a taça.

É que até minha sombra é inexorável,
Morrer! morrer! soluça-me implacável.

Adeus, pálida amante dos meus sonhos!
Adeus, vida! Adeus, glória! amor! anelos!
Escuta, minha irmã, cuidosa enxuga
Os prantos de meu pai nos teus cabelos.
Fora louco esperar! fria rajada
Sinto que do viver me extingue a lampa...
Resta-me agora por futuro — a terra,
Por glória—nada, por amor—a campa.

Adeus! arrasta-me uma voz sombria
Já me foge a razão na noite fria!..


OS REQUEBROS ESPIRITUAIS

OS REQUEBROS ESPIRITUAIS

Rogel Samuel


       Não fosse o câmbio, nunca esteve tão barato ir a Katmandhu.
       Graças aos maoístas.
Quando estive lá pela primeira vez já lá existiam eles: o antigo rei assassinado tinha pouco poder, mas controlava o Exército.
Quando voltei,  o Partido Comunista assumira o parlamento. Mas não era maoístas.
Na administração comunista a cidade ficou um pouco mais limpa.
Agora há guerrilha 'maoista' no Nepal.
Katmandhu era uma latrina, o lixo se acumulava nas ruas, ou queimado por populares.
Apesar de vale nos Himalayas, a poeira se levanta cheia de calamitosas doenças, há muita fumaça e água poluída (nas torneiras não se escovam os dentes, mas com água mineral).
Mas gosto de ir no período de Losar, que é o ano novo tibetano.
Boudanath, cujo cartaz tenho na minha frente enquanto escrevo, é um bairro-cidade tibetano ao redor da lendária Estupa de Jerukansor, que aparece em O Pequeno Buda.
Jerukansor significa mais ou menos: 'tudo o que você pedir será atendido'.
Quando lá fui pela primeira vez, começo me hospedando no Stupa Hotel.
Os gerentes do Hotel me olhava com muita desconfiança, diziam que eu era um traficante, porque eu disse que vinha da América do Sul.
Até ali a viagem tinha sido um desastre.
Em Amsterdã me impuseram pesada multa por excesso de bagagem (levava uma pequena biblioteca para amigo tibetano monge Lobsang Tenpa).
Em Nova Delhi passo a noite quase no exterior do Aeroporto, cercado de mendigos, as autoridades locais disseram que eu não poderia permanecer dentro, já que só viajaria no dia seguinte (fui culpado, deveria ter mentido no desembarque, dizendo que estava em trânsito).
Tentei ir ao sanitário com minhas três eruditas malas sem o conhecido carrinho (que ali não havia) e descobri que o ambiente estava completamente molhado de urina. Depois confiei a bagagem a duas jovens americanas.
No dia seguinte, em Katmandhu, subi a montanha, ao  monastério de Kopan,  para entregar a preciosa carga, deixando o táxi esperando e almocei com o lama, passei a tarde ali e em outros sítios históricos, voltando à noite no mesmo táxi.
Por isso ganhei a fama de 'o colombiano'.
Eles me chamavam de 'o colombiano'.
Mas um dia inteiro de táxi não saía mais do que 10 dólares...
Os primeiros dias em KTM são terríveis.
Os demais, melhores.
Depois você se apaixona por aquela cidade e não quer mais sair.
Tudo acontece.
Desde as elevações espirituais até as delícias gastronômicas e as outras.
Vi tudo, fiz de tudo, fiquei quase três meses naquele ano de 93.
O mais interessante foi uma festa de casamento.
Ao lado da Lótus Guest House uma casa rica de família nepalesa ofereceu ruidosa festa de casamento.
Como não ia mesmo conseguir dormir naquela noite, resolvi ir ver do lado de fora.
Os donos da casa me viram e me convidaram para entrar.
É considerado auspicioso você oferecer alegria, muita comida e bebida a muitos convidados importantes, durante o casamento.
Significa que o casal vai ser rico e feliz.
Todos estavam de paletó e gravata, eu de pijama.
Deviam pensar que aquela era a roupa típica de meu país de origem.
Muita gente.
Muita bebida e comida.
Muita dança masculina.
As damas sentadas ao redor, aplaudindo e rindo.
Os maridos, completamente embriagados, dançavam entre si, em requebros de quadris e das mãos, exóticas dançarinas de cabaré.
Em KTM não se vê um casal na rua: as moças e os rapazes andam em pares abraçados e separados.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mascote da Copa do Mundo de 2014

Mascote da Copa do Mundo de 2014 pode ajudar na preservação do tatu-bola

ONG conta com a popularidade de Fuleco para espécie ganhar a simpatia dos brasileiros


SÃO PAULO - Brasileiro não pode ver uma bola que já sai chutando, o que não é nada estranho em se tratando do País do futebol. Mas tem uma bola que não deve ser chutada, mas preservada. Estamos falando do tatu-bola, que ganhou notoriedade este ano ao ser escolhido como mascote da Copa do Mundo de 2014.


Nome da mascote, Fuleco, reflete a paixão pelo futebol e a preocupação com o meio ambiente - Divulgação
Divulgação
Nome da mascote, Fuleco, reflete a paixão pelo futebol e a preocupação com o meio ambiente
Os "Fulecos da vida real", embora sejam animais só encontrados no Brasil, não são tão populares por aqui. Classificados como em "Perigo" na lista dos animais ameaçados, a espécie vive um momento complicado. De acordo com a Associação Caatinga, não há estimativa de quantos animais ainda estão na natureza, mas já se prevê que, se nada for feito, em 50 anos a espécie poderá ser extinta.
A degradação do hábitat é a maior ameaça. "O tatu-bola é um bom indicador para o nível de conservação. Ele é encontrado em áreas que foram pouco perturbadas, porque ele é um dos primeiros a desaparecer quando há desmatamento, movimentação humana", diz Rodrigo Castro, secretário-executivo da Associação Caatinga, grupo responsável pela campanha da espécie para mascote do Mundial.

Rodrigo conta que a intenção de lançar a candidatura surgiu exatamente da necessidade de divulgar mais o tatu-bola e a caatinga, um dos biomas mais degradados do Brasil. O fato do animal se enrolar como uma bola para se proteger foi vista como fator determinante para aliar a imagem dele ao da Copa.

Aproveitado a oportunidade dada pela publicidade de Fuleco - o nome é a junção de futebol e ecologia -, a Associação Caatinga criou um projeto que pretende ampliar as pesquisas sobre a espécie, a proteção do hábitat e promover a valorização junto a população. O projeto "Tatu-bola e a Copa do Mundo Fifa 2014 - Juntos marcando um gol pela sustentabilidade" tem a parceria da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e da Nature Conservancy e conta com o apoio dos Ministérios do Meio Ambiente e do Esporte. "A gente acredita que esta visibilidade pode salvar o tatu-bola da extinção", diz Rodrigo.
A espécie, um mamífero que tem cerca de 50 centímetros de comprimento, tem hábitos noturnos e se alimenta de cupins, formigas, frutas, cascas e raízes de plantas. O hábitat dele já compreendeu a região entre o sul do Piauí e o norte de Minas Gerais. Uma das espécies de tatu mais sensíveis às alterações do meio em que vive, a Associação Caatinga estima que nos últimos 10 anos, a espécie perdeu cerca de 30% da sua população.

O MAR DA FÉ

Matthew Arnold



O MAR DA FÉ
 
Trad. de  Rogel Samuel

A praia de Dover de Matthew Arnold

O Mar da Fé
Também existiu, no passado, cheio, e em volta da praia do mundo
Estendia-se como as dobras de uma faixa desdobrada.
Mas agora somente escuto
Seu bramido melancólico, prolongado, que foge,
Que se afasta,
Com o zunir do vento da noite
que vai para vastas e horrendas costas
E para os vazios areais do mundo.”

Ah!, amor, sejamos fiéis
Um ao outro. 
Pois o mundo, que parece 
Estender-se à nossa frente como uma terra de sonhos,
Tão diversas, tão formosas, tão novas, 
Na verdade não tem nem alegria, nem amor, nem luz,
Nem certeza, nem paz, nem lenitivo para a dor;
E estamos aqui como numa planície penumbrosa,
Varrida de confusos alarmas de combate e de fuga,
Na qual exércitos ignorantes à noite travam batalha.”


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CANTIGA SIMPLES

OLEGÁRIO MARIANNO

CANTIGA SIMPLES
 
 
  Rio, que cantas as mágoas, 
Que queres com o teu cantar? 
Quero levar minhas águas 
Até às águas do mar. 

Árvore, que ergues os braços, 
Que queres a bracejar? 
Quero galgar os espaços 
Para o sol me acariciar. 

Nuvem, de côres estranhas, 
Que queres a galopar? 
Quero descer às montanhas, 
Vestir montanhas de luar. 

Lua feita de incerteza, 
Que queres com o teu palor? 
Quero boiar na tristeza 
Dos olhos do teu amor. 

Pastor, que sobes o monte, 
Que queres galgando-o assim? 
Quero ver do alto o horizonte, 
Que foge sempre de mim. 
 

Estréia, pequena e clara, 
Que queres? Dize, eu te dou. 
- Quero ser a jóia rara 
Da mulher que nunca amou. 

Onda crêspa, onda serena, 
Que queres no teu vaivém? 
Beijar a pele morena 
Da praia que me quer bem. 

Andorinha peregrina, 
Que queres de asas ao léu? 
- Quero morar na colina 
Mais alta, perto do céu. 

Coração, que em comovida 
Marcha, bates, sofredor, 
Que queres? Prazer ou dor? 
- “Eu nada quero da vida, 
Além da vida do Amor”.