Desenhos tem entre 2 e 7 mil anos, segundo por arqueólogos, e ficaram expostos durante o período de vazante
As
gravuras rupestres da Ponta das lajes, em Manaus, voltaram a aparecer
com a descida do rio Negro. Mas, diferente da vazante recorde de 2010,
apenas alguns desses desenhos, estimados entre 2 mil e 7 mil anos por
arqueólogos, ficaram expostos. O período de vazante do rio Negro, assim
como o rio Amazonas, ocorre entre junho e outubro.
Há
dois anos, o aparecimento dessas gravuras surpreendeu moradores do
bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste, e membros do movimento SOS
Encontro das Águas, mobilização que luta para que não seja construído
um porto privado de cargas nas proximidades do Encontro das Águas, cujo
projeto é de um empresa vinculada à Vale. A Ponta das Lajes está localizada exatamente em frente ao Encontro das Águas, próximo ao principal sítio arqueológico de Manaus.
Em
2010, a exposição das gravuras foi possível graças à descida além do
normal do rio Negro. A descoberta chamou atenção de arqueólogos que
desenvolvem pesquisas na Amazônia.
Nesta
semana, o educador e fotógrafo amador Valter Calheiros foi ao local e
registrou os desenhos rupestres. Ele enviou as imagens ao portal acritica.com.
"Eu já sabia onde essas gravuras rupestres estão localizadas e fui nos
locais certinhos. Os velhos problemas persistem, mas a beleza das lajes
se renova a cada vazante", disse Calheiros, citando o lixo encontrado na
área, todos despejados pelo homem.
"A
seca parece ser normal, nada de extraordinário, mas as gravuras
rupestres resistem e algumas novamente nos presenteiam com sua magia e
beleza", afirmou Calheiros, que também fotografou um "mergulhão",
pássaro comum na área e conhecido pela sua capacidade de pescador.
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