domingo, 9 de fevereiro de 2014

Prémio Nobel

Prémio Nobel


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Prêmio Nobel
ApresentaçãoAcademia sueca
País Suécia
Primeira cerimónia1901
Página oficial
O Prémio Nobel (português europeu) ou Prêmio Nobel (português brasileiro) foi criado por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, no seu testamento. Os prêmios são entregues anualmente, no dia 10 de Dezembro, aniversário da morte do seu criador,1 às pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade.
Nobel nunca criou um prémio de Economia. O que se conhece por Nobel de Economia é na verdade o Prémio do Banco Central da Suécia de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, que nada tem a ver com a Fundação Nobel.


História

Alfred Nobel, que já vinha desgostoso com o uso militar dos explosivos que havia criado, ficou chocado ao ver a edição de um jornal francês, que noticiara por engano a morte de seu irmão Ludvig como sendo a sua e qualificando-o como "mercador da morte".2
É possível que essa visão antecipada do seu obituário tenha despertado nele o desejo de modificá-lo. Daí sua decisão de premiar aqueles que, no futuro, servissem ao bem da Humanidade - mais propriamente nos campos da física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz. Não há nenhuma menção de um prêmio em economia 3
Alfred Nobel deixou uma herança de 32 milhões de coroas. Seu testamento, redigido em 1895,4 determinava a criação de uma instituição à qual caberia recompensar, a cada ano, pessoas que prestaram grandes serviços à Humanidade, nos campos da paz ou da diplomacia, literatura, química, fisiologia ou medicina e física. O testamento estabelecia também que a nacionalidade das pessoas não seria considerada na atribuição do prêmio.
A Fundação Nobel foi criada em junho de 19005 e é responsável pelo controle do respeito às regras na designação dos laureados e verifica o bom andamento da eleição. Também é responsável, através de um comitê específico para cada uma das cinco áreas e de acordo com as propostas de personalidades eminentes, pela elaboração e encaminhamento das listas de indicações às várias instâncias que atribuem o prêmio.
Os prêmios são custeados pelos rendimentos oriundos do legado de Alfred Nobel, recursos privados, e o prêmio de Economia é custeado pelo Banco Central com recursos públicos, de igual montante ao escolhido pela Fundação Nobel.

A primeira entrega dos prêmios

A primeira cerimônia de premiação nos campos da literatura, física, química e fisiologia/medicina ocorreu no Conservatório Real de Estocolmo, em 1901; o Prêmio Nobel da Paz foi entregue em Oslo.
Desde 1902, os prêmios são formalmente entregues pelo Rei da Suécia. A entrega do Nobel da Paz continua a ser feita em Oslo, sendo presidida pelo Rei da Noruega.
O Rei Oscar II inicialmente não aprovou que os prêmios fossem concedidos a estrangeiros, mas mudou de idéia depois de compreender o valor do prestígio que os prêmios dariam ao seu país.

Os prêmios


Stockholm Konserthuset, onde aconteceram as cerimônias de entrega dos prémios Nobel de 2005 e de 2006.
Os nomes dos laureados são anunciados em outubro pelos diferentes comitês e instituições que realizam a escolha. A Fundação Nobel, entidade administradora dos fundos do prêmio, com sede em Estocolmo, não está envolvida na seleção dos vencedores.
O prêmio consiste numa medalha de ouro com a efígie de Alfred Nobel, gravada com seu nome, um diploma com a citação da condecoração e uma soma em dinheiro que varia de acordo com os rendimentos da Fundação Nobel, mas que ronda os 10 milhões de coroas suecas (mais de um milhão de euros).6 O propósito original era permitir que as pessoas laureadas continuassem a trabalhar ou pesquisar, sem pressões financeiras.
Os seguintes prêmios são concedidos anualmente:
O Prêmio Nobel é concedido sob várias condições: pode ser ganho individualmente ou repartido entre até três pessoas no máximo, ou pode não ser concedido em determinado ano, o que permite a concessão de dois prêmios da mesma categoria no ano seguinte. Além disso, o prêmio em determinado campo pode não ser concedido por um ano ou mais - o que ocorre mais frequentemente com o Nobel da Paz.
Em 1991, foi criado o prêmio humorístico satirizando os prémios Nobel (o IgNobel), fundado por Marc Abrahams, também sem nenhuma ligação com Alfred Nobel. O prêmio distingue trabalhos que "primeiro fazem as pessoas rir, e depois as fazem pensar",7 representando a oportunidade de reunir na Universidade de Harvard uma série de cientistas. Existem os IgNobel da Paz, de Medicina, da Química, da Física, da Matemática, da Nutrição e de outras áreas, variáveis consoante o tema do trabalho científico "galardoado".

Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel

Em 1968, o Sveriges Riksbank, o banco central da Suécia, instituiu o "Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel",8 incorretamente referido como "Prêmio Nobel da Economia" e concedido a partir de 1969.9
Na verdade, esse prêmio não tem ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco, embora os ganhadores sejam também escolhidos pela Academia Real das Ciências da Suécia. A frase estratégica em memória de Alfred Nobel é a causadora da confusão, e a família Nobel não aceita o prêmio como tal. Em 1968, decidiu-se que não mais seriam criados outros prêmios em memória de Nobel. De todo modo, o "Prêmio Nobel da Economia" é entregue na mesma ocasião que os prêmios originais.

Crítica

O Prémio Nobel da Literatura tem sido alvo de críticas por sua utilização como "arma política". A premiação de Elfriede Jelinek devido "ao seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que, com extraordinário zelo linguístico, revelam o absurdo dos clichés da sociedade e seu poder de subjugo" e Harold Pinter tiveram uma certa conotação de "protesto". Ambos foram críticos ferozes do governo de George W. Bush na presidência dos Estados Unidos.[carece de fontes]

Referências

Bibliografia

  • The politics of excellence, beyond the nobel prize; R. Friedman ; 2002
  • Nobel Century: a biographical analysis of physics laureates, in Interdisciplinary Science Reviews, by Claus D. Hillebrand ; June 2002; No 2. p. 87-93

Ligações externas

 
 

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