Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil * Edição: Fábio Massalli
Morreu esta tarde (10), no município de Volta Redonda, no sul
fluminense, a ex-vedete Virginia Lane, que estava internada desde o
último dia 2 no CTI do Hospital São Camilo, devido a uma grave infecção
urinária. Segundo as primeiras informações, ela morreu por falência
múltipla dos órgãos.
A prefeitura de Piraí, onde a ex-vedete morava desde o início da
década de 1970, já está providenciando o serviço funerário. O corpo
será embalsamado em Volta Redonda, de onde irá para Piraí. Em Piraí
receberá homenagem durante duas horas, na Câmara de Vereadores local .
Dali, será levado para o Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, antes
de seguir para o Cemitério do Caju, também na capital do estado, onde
será enterrado amanhã (11) no jazigo da família.
O coordenador da Casa de Cultura de Piraí, Hudson Valle, disse à Agência Brasil que o prefeito de Piraí, Luiz Antonio da Silva Neves, decretou luto oficial de três dias.
Virginia Lane, nome artístico de Virginia Giaccone, nascida no Rio,
em 28 de fevereiro de 1920, atingiu o auge de sua carreira no início da
década de 1950. Durante quatro anos consecutivos, ela estrelou nos
teatros da Praça Tiradentes, no centro do Rio, revistas musicais
produzidas por Walter Pinto.
Um desses espetáculos, intitulado Seu Gegê [uma referência
ao então presidente Getúlio Vargas], valeu à atriz o título de “A Vedete
do Brasil”, dado pelo próprio presidente. Anos mais tarde, Virginia
Lane revelou, em diversas entrevistas concedidas à imprensa, que manteve
um relacionamento amoroso durante dez anos com Getúlio Vargas.
O início da carreira de Virginia, no entanto, ocorreu bem antes, em 1935, na Rádio Mayrink Veiga, no programa Garota Bibelô, apresentado por César Ladeira. Em 1943, ela trabalhou como corista no Cassino da Urca, onde foi também crooner (cantor
ou cantora principal de uma orquestra popular) e dançarina, atuando com
as orquestras de Carlos Machado, Tommy Dorsey e Benny Goodman.
Famosa como vedete do teatro de revista, Virginia Lane gravou em 1951, para o carnaval, a marchinha Sassaricando, de Luis Antonio. O sucesso foi tanto que a música acabou mudando o nome da revista Jabaculê de Penacho, que ela estrelava na ocasião, e deu origem à expressão maliciosa “sassaricar”.
A marchinha é cantada até hoje pelos foliões durante o carnaval. Desde 2007, está em cartaz nos teatros do Rio o musical Sassaricando, de Sergio Cabral e Rosa Maria Araújo, que resgata a importância das marchinhas para o carnaval carioca.
Virginia Lane atuou também em 37 filmes, principalmente musicais e
chanchadas das companhias cinematográficas Cinédia e Atlântida, nos anos
1940 e 1950. Na televisão, participou de programas na TV Tupi, na mesma
época do teatro de revista, e mais recentemente, em 2005, integrou o
elenco, ao lado de outras ex-vedetes, da novela Belíssima, da TV Globo.
3 comentários:
Caro ROGEL SAMUEL
Na melhor das intenções faço um alerta: na imagem constando 4 fotos ao início do seu post, a segunda (da esq. p/ a dir.) NÃO é de Virgínia Lane e sim de Sonia Mamede, outra Vedete brasileira, falecida em 1990.
Abraços.
ROBERTO
Caro ROGEL SAMUEL
Na melhor das intenções faço um alerta: na imagem constando 4 fotos ao início do seu post, a segunda (da esq. p/ a dir.) NÃO é de Virgínia Lane e sim de Sonia Mamede, outra Vedete brasileira, falecida em 1990.
Abraços.
ROBERTO
obrigado, vou corrigir
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