JEFFERSON BESSA quando se diz eu rio se abre no rir do rio, lento na curva se vai as formas se encostam na sua certa errância o verbo assim existe quando não se antepõe ao eu somente pessoal quando o rio se alarga passa calmo sem voltar se abre rio nos lábios o eu rio vai com o rio à beira do verbo o som de água na boca se faz se desfaz o que estranha escorre em língua de rio não tem jeito, quem diz eu rio não se diz de si diz no rio e nele os lábios passam pelo rio rindo
3 comentários:
A foto escolhida por você está em plena harmonia, Rogel!
Grande abraço,
Jefferson.
a foto da língua líquida de um rio
Rogel, não resiste e inseri esta bela fotografia na postagem do poema!
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