quarta-feira, 7 de agosto de 2013

As amazonas amerígenas 4


Pablo Cid
(Moacyr Rosas)


As amazonas amerígenas 4

Voltando as nossas vistas ao descobridor do Nôvo Continente, sabemos que “Colombo e Pinzon, como bem o diz Blasco Ibañez, “Em busca do Grão Kan” eram simplesmente dois sócios com direitos iguais nos lucros da viagem, embora Pinzon tivesse gasto mais que o outro, e se um era almirante, Martin Afonso era o verdadeiro armador da esquadrilha”. Portanto, bem fundados podemos afirmar que para Colombo e seu sócio Pinzon, que ambicionavam o ouro do Grão Kan da China, tinham valor as notícias das curiosas ilhas Macho e Fêmea, das quais nos fala Marco Polo. A segunda era habitada por gente do sexo frágil exclusivamente, que recebia, nos meses de março, abril e maio, visitas dos seus vizinhos, que eram povoadores da outra ilha e viviam a sós. Aqui é fácil deduzir: pois, se tal era do conhecimento da família Pinzon também o podia ser do seu aparentado Francisco de Orellana que, como os demais da mesma lida, trazia o cérebro e o coração repletos de esperanças de realizarem feitos tão’ grandes como aquêles que consagraram Hércules.
E não ‘é ignorado por pessoa alguma afeita a labutar com livros históricos em tôrno da Quarta Orbis Pars, que o próprio Almirante don Cristóbal Colón (grafia pessoal dêle), morreu ignorando a terra que havia descoberto, se o Japão ou a China, ou, ainda, as índias. A respeito de Colombo ter sido influenciado pela obra do nobre viajante genovês, o historiador patrício Mário Ypiranga Monteiro, nega-o em seu precioso livro Quarta Orbis Parsr estribado na autoridade do insigne alemão Humboldt. “Humboldt afastou esta suposição, pondo em dúvida a influência do livro de Marco Polo na grandiosa emprêsa do genovês. Cf. Cristóbal Colón, I, 53.

Acreditamos no sábio investigador, porque entre os livros comentados por Colombo não foi encontrado nenhum exemplar das viagens do italiano. A tese de Vignaud caracteriza-se pelo espírito de individualidade que empresta ao descobrimento, dando o marinheiro como pai espiritual da famosa idéia de encontrar um continente, sem a ajuda de ninguém, fôsse de Marco Polo ou mesmo de Toscanelli (Sic)“
Com a transcrição dêstes conceitos do acatado membro da Academia Amazonense de Letras professor Mário Ypiranga Monteiro, queremos evidenciar o ecletismo, com que nos comportamos diante dos nossos leitores. Em trabalho desta ordem as afirmativas, mesmo cavilosas, atuam sugestivamente no juízo dos que nos lêem.



Nenhum comentário: